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A Kepler Weber, líder em armazenagem e soluções para pós-colheita de grãos na América Latina, encerrou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido ajustado de R$ 84,5 milhões, 21,2% menor que em igual intervalo do ano anterior. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 24,7%, para R$ 117,9 milhões, e a receita líquida da empresa permaneceu estável em R$ 505,2 milhões.
“Mesmo diante de um cenário de queda nos custos de commodities, retração da renda do produtor rural e taxas de juros em patamares elevados, que arrefecem as vendas e a rentabilidade, a companhia conseguiu manter uma margem Ebitda saudável, o que demonstra resiliência e o adequado posicionamento estratégico de 2023”, afirma a empresa em relatório sobre os resultados. Entre outubro e dezembro, a margem Ebitda ajustada da Kepler Weber ficou em 23,5%, ante 31,2% um ano antes.
Em todo o ano passado, o lucro líquido ajustado da companhia diminuiu 41,8% em relação a 2022, para R$ 224,9 milhões, o Ebitda ajustado foi 42,5% mais baixo (R$ 326,8 milhões), a margem Ebitda ajustada encolheu de 31,3% para 21,6% e a receita líquida registrou queda de 16,7%, para R$1,512 bilhão.
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Segundo informações da empresa, no segmento Fazendas a receita líquida anual caiu 25,8%, para R$ 487 milhões, pressionada pela retração da remuneração dos produtores de grãos e adversidades climáticas em regiões agrícolas importantes do país. A baixa dos preços do aço também influenciou o menor faturamento.
No segmento Agroindústrias, a receita líquida em 2023 como um todo recuou 24,6%, para R$ 548,3 milhões. “Em 2022, tivemos vendas expressivas para indústrias de transformação, sendo que três projetos para arroz, café e etanol de milho, somados, totalizaram uma receita líquida superior a R$125 milhões. Já em 2023, o segmento teve investimentos mais concentrados em cooperativas e cerealistas, com tickets menos expressivos se comparados aos da indústria de transformação”, informou a Kepler Weber.
A receita líquida do segmento de Negócios Internacionais da companhia por sua vez, caiu 34,8%, para R$ 11,3 milhões. Nesse frente, a retração refletiu sobretudo a crise hídrica que prejudicou produtores no Paraguai e no Uruguai, onde se concentra a maior parte dos negócios da empresa no exterior. Na Colômbia o cenário também foi adverso, mas por causa de questões políticas.
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No segmento Portos e Terminais, a receita da Kepler Weber cresceu 90,7% em 2023, com a execução de “grandes projetos entregues no prazo, impulsionados pelo aumento do comércio global e pela expansão das cadeias de suprimentos”. E no segmento de Reposição e Serviços, finalmente, houve alta de 27,9% da receita, que alcançou R$ 271 milhões.
“Ao projetarmos 2024, vislumbramos um cenário favorável, embora cientes dos desafios. O clima adverso em algumas regiões e os preços moderados das commodities agrícolas são fatores que demandarão nossa atenção. Por outro lado, o déficit de armazenagem, um desafio persistente em âmbito nacional, em conjunto com a queda dos juros e as oportunidades de financiamentos públicos, cria amplas oportunidades para nossa atuação e constituem elementos que contribuirão para impulsionar nossas operações”, disse a Kepler Weber.
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