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Juntas, 3R e Enauta querem seguir Petrobras na Foz do Amazonas

A Enauta detém direitos sobre um bloco petrolífero na área, considerada a mais promissora na chamada Margem Equatorial

Gabriel Garcia

Vila indígena no Oiapoque (REUTERS/Adriano Machado)
Vila indígena no Oiapoque (REUTERS/Adriano Machado)

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A petroleira a ser criada a partir da incorporação da Enauta pela 3R Petroleum quer explorar a Bacia da Foz do Amazonas se a estatal Petrobras encontrar petróleo lá, disse o futuro presidente-executivo Décio Oddone à Reuters.

A Enauta detém direitos sobre um bloco petrolífero na Foz do Amazonas, considerada a área mais promissora na chamada Margem Equatorial do Brasil devido às semelhanças geológicas com a vizinha Guiana, onde a Exxon está desenvolvendo enormes campos.

A nova empresa vai esperar até que a Petrobras obtenha autorização do órgão ambiental Ibama para perfurar um poço em outro bloco também na Foz do Amazonas.

Se for produtivo, a nova empresa investirá lá para desenvolver o seu próprio bloco, disse Oddone.

“Temos o bloco da Enauta lá há bastante tempo e aguardamos os desdobramentos. Estamos na Foz e também no Pará-Maranhão. Vai ser assim: se a Petrobras tiver autorização e achar algo lá, vamos a reboque”, disse Oddone.

A Enauta já tinha realizado levantamentos sísmicos 3D, e o processamento de dados foram concluídos.

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A 3R Petroleum informou na semana passada que seu conselho de administração aprovou a incorporação da Enauta, formando uma companhia de petróleo com “alto” potencial de crescimento nos próximos anos.

Se concluída, a fusão criaria uma empresa potencialmente capaz de produzir mais de 100 mil barris de petróleo equivalente por dia.

Mesmo assim, Oddone disse que a nova empresa buscará parceiros para explorar seu bloco na Foz do Amazonas, e a Petrobras poderia ser considerada.

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“A Petrobras é um carro-chefe, foi ela que sempre trouxe as outras empresas para leilões… e todo mundo quer ser sócio da Petrobras porque é quem detêm a maior quantidade de informações e expertise”, disse o executivo.

“Nós, hipoteticamente, poderíamos até buscar a Petrobras”, adicionou.

A Petrobras espera há cerca de um ano que o Ibama se pronuncie sobre um recurso interposto depois que a agência lhe negou licença para perfurar na Foz do Amazonas devido a preocupações com o impacto que isso poderia ter no meio ambiente e nos povos indígenas.

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Na semana passada, a Petrobras disse que não faria estudos solicitados pelo Ibama para dar andamento ao processo de licenciamento, considerando o pedido descabido.

Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu o direito do país de explorar a Foz do Amazonas e disse que a futura CEO da Petrobras, Magda Chambriard, tem a mesma opinião.

Enquanto espera, Oddone disse que a nova empresa irá primeiro procurar sinergias e depois desenvolver os seus ativos atuais, mas no futuro pretende expandir os seus portfólios onshore e offshore.