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Itaú estuda lançar Pix via WhatsApp turbinado com inteligência artificial

Clientes não precisarão abrir o aplicativo do banco para fazer transações de até R$ 200 por dia; novidade ainda não tem data para estrear

Anna França

Smartphone (Andrea Piacquadio/Pexels)
Smartphone (Andrea Piacquadio/Pexels)

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O Itaú Unibanco quer pegar a onda de lançamentos de modalidades do Pix pelo Banco Central para colocar na rua novas aplicações. As novidades incluem não apenas o pagamento por aproximação, iniciado agora em novembro pelo BC, mas também serviços que usam inteligência artificial. A ideia é personalizar os serviços para os clientes. Isso inclui fazer desde o simples pagamento à vista, fisicamente ou via WhatsApp, até utilizar o cartão de crédito para parcelar o pagamento.

Segundo Mário Miguel, diretor de meios de pagamento pessoa física do Itaú, o banco vem trabalhando ativamente dentro do ecossistema do Pix, para entender a nova realidade, onde consumidores e empresas estão cada vez mais conectados e exigindo meios mais simples de interação, sem deixar de lado a segurança. “Tudo precisa ser simples, fácil, ágil, moderno e seguro”, diz.

O Itaú Unibanco anunciou nesta sexta-feira (22) que vai lançar, em prazo ainda não definido, uma funcionalidade baseada em inteligência artificial generativa que vai permitir ao cliente fazer Pix a partir do WhatsApp, sem necessidade de abrir o aplicativo do banco. O Itaú quer tornar seu aplicativo um “superapp” de gestão financeira, adicionando inteligência artificial também ao programa Minhas Vantagens, para ampliar seus benefícios.

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“A inteligência artificial será um marco na forma como o Itaú entregará as novas soluções aos clientes, mudando seu relacionamento com o banco”, diz Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco.

Para fazer o Pix no WhatsApp, os clientes podem enviar mensagens para o canal oficial do Itaú, pedindo a realização das transações de até R$ 200 por dia via Pix e a ferramenta interpretará automaticamente mensagens de texto e áudio, com a possibilidade de dividir despesas e gerar o comprovante da transação em segundos. Em breve, também será possível interpretar mensagens em formato de imagens.

“Estamos em fase de experimentação com os clientes, depois de testar muito internamente, porque o WhatsApp hoje já está na vida do brasileiro e vai tornar a experiência mais fluida”, disse Miguel. A solução tem capacidade de identificar na conversa o valor e o destinatário do Pix e a pessoa só precisa confirmar. O teste inicial tereá 5 mil clientes, mas ainda não tem prazo de duração definido”, afirma Guerra.

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Como funcionará no Whatsapp

– Reconhecimento de linguagem via texto, áudio ou até imagem. O usuário, dessa forma, pode estar falando com alguém que fará um Pix, pede o valor e a chave para pagamento. A IA avalia isso, já cria o pagamento e o usuário pode apenas autorizar no final. O processo deve ser facil mesmo para usuário com pouca familiaridade com tecnologia.

–  Há um limite de R$ 200 por transação/dia, com confirmação de dados antes de efetuar o pagamento. Acima desse valor, o cliente é reencaminhado para o aplicativo do Itaú. Mas esse limite depois pode ser revisto no futuro.

Telas do serviço do Itau por Whatsapp. Foto: Reprodução

Quem é o Pix na fila dos pagamentos

O mercado de pagamentos hoje movimenta aproximadamente R$ 100 trilhões ao ano, sendo que o Pix, em quatro anos de existência, representa 22% do volume financeiro e 45% do volume transacional. “A facilidade tornou esse meio de pagamento cada vez mais relevante, virando o queridinho dos brasileiros, com quase 170 milhões usuários entre pessoas e empresas e 799 milhões de chaves cadastradas”, afirma Mário Miguel.

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Segundo Miguel, apesar da grande adesão, o consumidor vê no Pix só uma forma de transferência, mas para o banco ele representa muitas formas de pagamento para o futuro próximo, como compras recorrentes e parceladas. “Ao considerar o ecossistema completo conseguimos reduzir o atrito, seja qual for a escolha da modalidade do Pix pelo cliente”.

Pix por aproximação

O pagamento por aproximação eleva a modalidade Pix a outro patamar, facilitando a vida do usuário, que só precisará aproximar seu celular da maquininha do lojista para fazer o pagamento, como já é feito hoje com cartões. Porém, nesse primeiro momento apenas usuários de Android, que possuem a carteira digital do Google, terão a funcionalidade disponível. Tudo será feito via tecnologia NFC (Near Field Communication), que proporciona a leitura por aproximação entre os equipamentos. Ou seja, celulares com mais de 5 anos já não funcionarão.

Além disso, quem tem a carteira digital da Samsung e da Apple ainda terá de esperar um pouco mais. Isso porque as duas empresas ainda negociam a entrada no sistema do Banco Central para se tornar iniciadoras de pagamento. Dessa forma, usuários de iPhones por enquanto ainda ficam de fora do Pix por aproximação.

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Anna França

Jornalista especializada em economia e finanças. Foi editora de Negócios e Legislação no DCI, subeditora de indústria na Gazeta Mercantil e repórter de finanças e agronegócios na revista Dinheiro