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Investidores do mundo todo parecem ter perdido o encanto com os projetos de alimentos plant-based. Depois de terem alcançado o auge em 2021 e atraído US$ 2,5 bilhões em investimentos, os aportes de 2023 foram os menores dos últimos quatro anos.
Um relatório do Good Food Institute mostra que as fabricantes de proteínas à base de plantas receberam globalmente US$ 908 milhões em investimentos. O valor representa uma queda de 30% em relação aos investimentos de 2022 e marca o segundo ano consecutivo de retração nos aportes.
O principal motivo apontado pelo GFI é o cenário macro como um todo. O aumento das taxas de juros pelo mundo, inflação e incertezas econômicas teriam reduzido o apetite dos fundos de venture capital não apenas das empresas plant-based, mas das startups como um todo.
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O fato é que o consumo global de proteínas à base de vegetais começa a dar sinais de estabilidade. Dados da Euromonitor indicam que o setor movimentou cerca de US$ 29 bilhões em 2023, praticamente o mesmo valor do ano anterior.
O mercado americano de produtos plant-based, por exemplo, encolheu 2,2% e foi a US$ 8 bilhões. Contudo, no Brasil, o setor movimentou R$ 1,1 bilhão e apresentou um crescimento de quase 40%. A expectativa por aqui é que esse mercado dobre de tamanho até 2026.
Uma das apostas da indústria nacional é ampliar o leque de consumidores. Antes dedicadas ao público vegano e vegetariano, as empresas miram agora os chamados “flexitarianos”, ou seja, consumidores que ainda consomem proteína de origem animal, porém, têm introduzido os produtos à base de plantas na dieta.
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