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Investidores chineses assumem participações em empresas de Musk, diz Financial Times

Investimentos estão sendo feitos por meio de veículos de propósito específico para evitar a ira das autoridades americanas e das empresas que desconfiam do capital chinês

Reuters

Elon Musk durante encontro com deputados republicanos, em Washington, nos EUA
13/11/2024
ALLISON ROBBERT/Pool via REUTERS
Elon Musk durante encontro com deputados republicanos, em Washington, nos EUA 13/11/2024 ALLISON ROBBERT/Pool via REUTERS

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(Reuters) – Investidores chineses ricos estão canalizando dezenas de milhões de dólares para empresas controladas pelo bilionário Elon Musk, usando um acordo que protege suas identidades da vista do público, informou o Financial Times no domingo.


Os investimentos estão sendo feitos por meio de veículos de propósito específico para evitar a ira das autoridades norte-americanas e das empresas que desconfiam do capital chinês durante um momento de baixa nas relações entre os dois países, disse o jornal, citando gestores de ativos e investidores envolvidos nas transações.


Três gestores de ativos apoiados pela China disseram ao Financial Times que venderam mais de US$30 milhões em ações de SpaceX, xAI e Neuralink — três empresas privadas de tecnologia controladas por Musk — a investidores nos últimos dois anos.


O influxo de capital chinês para o império de negócios de Musk tem como objetivo principal o lucro e tem pouco a ver com transferência de tecnologia ou influência sobre políticas públicas, disseram as pessoas ao FT.


A SpaceX, a xAI e a Neuralink não responderam imediatamente a pedidos de comentários.


Há muito tempo Musk tem contato com autoridades chinesas, incluindo o presidente Xi Jinping.

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A empresa de veículos elétricos de Musk, Tesla, fabrica seus carros Model 3 e Model Y na China e também exporta seus veículos elétricos fabricados na China para mercados como a Europa, onde as vendas caíram 45% em janeiro.


Além da Tesla, alguns dos outros empreendimentos de Musk, incluindo a SpaceX e a plataforma de mídia social X, que é proibida na China, são vistos por Pequim como riscos à segurança nacional.