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Indústria de óleos vegetais corta previsão para a produção brasileira de soja

Segundo a Abiove, volume deverá alcançar 161,9 milhões de toneladas, ainda um novo recorde

Fernando Lopes

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Os problemas climáticos que prejudicaram o plantio de soja em polos das regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste levaram a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) a também reduzir sua estimativa para a produção de soja no país nesta safra 2023/24.

Segundo novos dados divulgados nesta terça-feira pela entidade, a colheita deverá alcançar 161,9 milhões de toneladas, 2,8 milhões a menos que o previsto em novembro. Ainda assim, o volume é 2,4% superior ao registrado no ciclo 2022/23 – 158,1 milhões de toneladas, nas contas da Abiove – e, se confirmado, representará um novo recorde histórico.

De acordo com a Conab, que atualizou seu cenário para a produção brasileira de grãos na semana passada, a colheita de soja deverá atingir 160,2 milhões de toneladas em 2023/24, 2,2 milhões a menos que o projetado em novembro, mas com aumento de 3,6% em relação ao ciclo passado – e também um novo recorde.

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Conforme a Abiove, o processamento de soja em grão para a produção de farelo e óleo deverá chegar a 54,5 milhões de toneladas, 900 mil a mais que em 2022/23, e as exportações da matéria-prima tendem a atingir 100,2 milhões de toneladas em 2024, 300 mil a menos que o previsto para este ano.

A estimativa da entidade para a receita das exportações brasileiras do grão em 2024 foi ajustada para US$ 52,6 bilhões, 1,3% menos que o valor esperado para 2023. Para os embarques de farelo (21,6 milhões de toneladas), a Abiove prevê receita de US$ 9,7 bilhões no ano que vem, com baixa de 13,4%.

Para as exportações de óleo (1,6 milhão de toneladas), a nova projeção da associação indica uma queda de 34,6%, para US$ 1,7 bilhão. Nesse caso, a forte retração deverá ser determinada pelo aumento da demanda doméstica para a produção de biodiesel.

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Fernando Lopes

Cobriu o setor de energia e foi editor do semanário Gazeta Mercantil Latino-Americana até 2000. Foi editor de Agro no Valor Econômico até fevereiro de 2023