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Índia acusa Samsung e Xiaomi de conluio com Amazon e Flipkart

Empresas teriam violado lei antitruste, segundo relatório visto pela Reuters

Reuters

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NOVA DELI (Reuters) – Samsung, Xiaomi e outras empresas de smartphones fizeram um conluio com a Amazon (AMZO34) e a Flipkart, do Walmart (WALM34), para lançar produtos com exclusividade nos sites indianos das empresas de comércio eletrônico, violando leis antitruste, apontam relatórios regulatórios vistos pela Reuters. 

Investigações antitrustes conduzidas pela Comissão de Concorrência da Índia (CCI, na sigla em inglês) concluíram que a Amazon e a Flipkart violaram leis locais de concorrência, ao darem preferência para vendedores selecionados, priorizando determinadas listagens e dando descontos acentuados em produtos. Isso teria prejudicado outras empresas, segundo reportagem da Reuters nesta semana.  

O relatório de 1.027 páginas do CCI sobre a Amazon também afirmou que unidades indianas de cinco empresas — Samsung, Xiaomi, Motorola, Realme e OnePlus — estavam “envolvidas na prática” de lançamentos “exclusivos” de celulares em “conluio” com a Amazon e suas afiliadas, quebrando a lei de concorrência.     

No caso da Flipkart, um relatório de 1.696 páginas do CCI afirmou que unidades indianas de Samsung, Xiaomi, Motorola, Vivo, Lenovo e Realme conduziram práticas similares. 

A inclusão de fabricantes de smartphones como Samsung e Xiaomi no caso pode aumentar as dores de cabeça legais. 

“A exclusividade em negócios é uma maldição. Não apenas é contra a concorrência livre e justa, mas também contra os interesses dos consumidores”, escreveu o diretor-geral adicional do CCI, G.V. Siva Prasad, nos relatórios sobre a Amazon e a Flipkart, em conclusões idênticas. 

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A Reuters é o primeiro veículo a publicar que as empresas de smartphone foram acusadas de comportamento anti-competitivo nos relatórios do CCI, que têm data de 9 de agosto e não foram divulgados ao público. 

A Xiaomi se recusou a comentar, e outras fabricantes de smartphone não responderam aos pedidos por comentários. 

A Amazon, a Flipkart e o CCI não responderam e até agora não comentaram as conclusões dos relatórios. 

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(Reportagem de Aditya Kalra)