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Governo defende que Petrobras reduza preço do gás natural para produção de fertilizantes

Medida teria impacto direto na produção de nitrogenados, e poderia reduzir importações

Alexandre Inacio

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Em evento para empresários e representantes da cadeia produtiva do agronegócio, o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu que a Petrobras (PETR4) faça um esforço para reduzir os preços cobrados pelo gás natural, principal insumo para a produção de fertilizantes nitrogenados.

O Brasil importa cerca de 85% de todo o volume de fertilizantes nitrogenados usados na agricultura, uma vez que o custo da produção interna é muito elevado, exatamente por causa do do gás.

“É preciso fazer um esforço, e tenho certeza que a Petrobras vai fazê-lo, para tornar o custo do gás natural menor. É importante esse esforço para redução de insumos”, disse o vice-presidente e também ministro da Indústria e Comércio.

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Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil

Alckmin lembrou que a Petrobras cobra cerca de US$ 12 por milhão de BTU, enquanto nos Estados Unidos o valor médio é de US$ 3. Segundo ele, a diferença está na forma de extração. Enquanto o gás americano é retirado do solo em áreas continentais, a Petrobras precisa ir a 300 quilômetros da costa e perfurar 5 mil metros para extrair o insumo.

A estatal passou anos tentando negociar a venda dos seus ativos para sair do mercado de fertilizantes. Não conseguiu, e agora tenta agora reativar as operações de algumas unidades, que seguem fechadas.

Em entrevistas recentes, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná, será a primeira do gênero da estatal a ter suas operações retomadas, no segundo semestre de 2025. 

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Já a fábrica de nitrogenados de Três Lagoas (MS) também poderá ressuscitar nos próximos anos. A planta chegou a ser vendida para um grupo russo, mas o negócio acabou sendo desfeito. Outras que têm potencial para ampliar a oferta de fertilizantes são as que estão arrendadas para a Unigel, na Bahia e em Sergipe.  

Em fevereiro, Petrobras e a Norueguesa Yara assinaram um memorando de entendimento para realização de estudos para tentar viabilizar parcerias no segmento de adubos, insumos industriais e projetos de descarbonização da produção no Brasil.

No que se refere aos fertilizantes fosfatados, Alckmin lembrou que em 15 dias a chinesa EuroChem vai iniciar as operações de sua mina de fósforo e de sua fábrica de fertilizantes na Serra do Salitre, em Minas Gerais.

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Após aportes da ordem de US$ 1 bilhão de dólares, a expectativa é que a produção alcance 1 milhão de toneladas por ano, o suficiente para cobrir 15% da necessidade nacional. “Acreditamos que vamos dar uma boa avançada nos fosfatados”, disse o vice-presidente.

No caso do potássio, Alckmin disse que o governo está otimista com o fim do imbróglio jurídico de cinco anos que cerca o licenciamento ambiental das reservas em Autazes, no Amazonas.

Uma decisão judicial determinou que o processo de licenciamento ambiental será de responsabilidade do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM)

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“A expectativa é positiva, porque não há razão para não ter o licenciamento. Estamos importando 97% do cloreto de potássio. Se Autazes acelerar rápido, vamos ter cloreto de potássio aqui dentro”, disse Alckmin.

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