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A Alphabet (BDR: GOGL35), controladora do Google, concordou em adquirir a empresa de cibersegurança Wiz por US$ 32 bilhões em dinheiro, consolidando um acordo menos de um ano depois de negociações iniciais terem fracassado porque a startup de computação em nuvem preferiu manter sua independência.
Assim que o negócio for concluído, a Wiz será integrada ao Google Cloud, informaram as empresas em um comunicado nesta terça-feira.
A aquisição, que será a maior já feita pela Alphabet, acontece depois que a Wiz recusou uma oferta de US$ 23 bilhões do gigante da internet no ano passado, após meses de negociações. Na época, a startup optou por seguir sozinha, acreditando que poderia alcançar uma avaliação ainda maior por meio de uma oferta pública inicial (IPO). Preocupações com desafios regulatórios também pesaram na decisão.
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Com a compra da Wiz, o Google reforça a segurança de sua plataforma de computação em nuvem, na tentativa de reduzir a distância para a Microsoft Corp. e a Amazon.com Inc., suas maiores concorrentes em um mercado altamente competitivo e em rápido crescimento. A Wiz oferece ferramentas específicas para segurança em nuvem, capazes de operar em diversas plataformas e identificar ameaças de forma eficiente em ambientes complexos.
“Os produtos da Wiz continuarão disponíveis para todas as principais nuvens, incluindo Amazon Web Services, Microsoft Azure e Oracle Cloud, e serão oferecidos aos clientes por meio de uma variedade de soluções de parceiros de segurança”, destacaram as empresas no comunicado.
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Fundada em 2020, a Wiz cresceu rapidamente, contando com investidores como Greenoaks, Sequoia Capital, Index Ventures, Insight Partners e Cyberstarts. A empresa foi avaliada em US$ 12 bilhões em uma rodada de financiamento realizada em maio de 2024.
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O CEO da Wiz, Assaf Rappaport, descreveu a proposta inicial da Alphabet como “lisonjeira”, mas na época afirmou que preferia transformar a Wiz em um gigante independente de cibersegurança, competindo com empresas como CrowdStrike Holdings Inc. e Palo Alto Networks.
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A startup e seus investidores também rejeitaram a oferta do Google no ano passado devido a preocupações com um longo processo de aprovação regulatória, já que autoridades nos EUA e na Europa vêm aumentando o escrutínio sobre o poder econômico e de mercado das gigantes da tecnologia. Embora o governo do presidente Donald Trump deva oferecer um ambiente mais favorável para fusões e aquisições, a proposta da Alphabet ainda pode atrair atenção de reguladores antitruste.
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O Google já enfrenta desafios nessa área, incluindo um processo do Departamento de Justiça dos EUA, que acusa a empresa de abusar de sua posição dominante no mercado de buscas online. No ano passado, um juiz federal determinou que a gigante da tecnologia manteve um monopólio ilegal nesse segmento. A empresa também responde a outro processo relacionado às suas ferramentas de publicidade digital.
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