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O que os problemas da Tesla sinalizam para a revolução dos veículos elétricos

Resultados decepcionantes da fabricante indicam uma desaceleração na demanda e uma "forte redução do crescimento" que afeta mais que apenas a empresa de Elon Musk.

Andrew Ross Sorkin, Ravi Mattu, Bernhard Warner, Sarah Kessler, Michael J. de la Merced, Lauren Hirsch e Ephrat Livni The New York Times

Veículos passam pela fábrica de montagem da Tesla em Fremont, Califórnia, EUA, em maio de 2020 (Bloomberg)
Veículos passam pela fábrica de montagem da Tesla em Fremont, Califórnia, EUA, em maio de 2020 (Bloomberg)

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Os desafios enfrentados pela Tesla (TSLA) estão levando a uma reavaliação do cenário de veículos elétricos.

Há várias semanas, Wall Street tem soado o alarme de que a transição para os veículos elétricos pode estar estagnada, apesar dos bilhões de dólares em subsídios governamentais e dos enormes investimentos feitos pelos gigantes do setor automotivo.

Os mais recentes números de vendas da Tesla sugerem que a retração pode ser pior do que se pensava e ultrapassar a capacidade de correção de uma única empresa. Os resultados da Tesla ficaram aquém das previsões.

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As ações da montadora chegaram a cair quase 5% após a empresa ter reportado encomendas de novas unidades de 387 mil – a estimativa da Evercore ISI era de 443 mil – em seu primeiro declínio trimestral anual desde 2020. Foi a primeira queda trimestral anualizada desde 2020.

Isso contribuiu para uma retração de mais de 30% nas ações da Tesla, um dos piores desempenhos no S&P 500 este ano.

A Tesla já havia alertado sobre seu crescimento este ano. A empresa enfrentou contratempos, incluindo um suposto ataque criminoso à sua megafábrica alemã e
atrasos de embarque relacionados à turbulência no Mar Vermelho. Enquanto isso, as altas taxas de juros e o crescimento dos veículos elétricos chineses, mais baratos, estão minando a demanda global e impactando a participação de mercado anteriormente dominante da Tesla.

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Alguns críticos de Elon Musk, dentre os quais Ross Gerber, um investidor da Tesla que não poupa críticas à empresa, culpam o CEO, afirmando que seu comportamento tóxico teve forte impacto na marca (Musk falou pouco sobre os resultados da companhia, exceto por chamar Gerber de idiota e dizer que “foi um trimestre difícil” para todas as montadoras de veículos elétricos).

Musk não está errado nesse sentido. Recentemente, a chinesa BYD, que destronou brevemente a Tesla da posição de maior fabricante de veículos elétricos do mundo, anunciou vendas de cerca de 300 mil no último trimestre, um ganho de 13% em relação ao mesmo período anterior, mas uma queda trimestral.

A montadora apoiada por Warren Buffett aumentou sua participação nos mercados europeu e asiático ao atrair compradores mais sensíveis aos custos, embora não comercialize carros nos EUA devido aos impostos.

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A Kia, Toyota e a Volkswagen anunciaram um crescimento de vendas melhor, embora todos derivados de bases menores que as da Tesla ou da BYD.