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Com a IA ameaçando substituir empregos e recém-formados do ensino superior se sentindo desvalorizados no mercado de trabalho, os empregos técnicos estão ficando cada vez mais atraentes – e, aliás, lucrativos.
Apesar do “grande estigma” que acompanha as carreiras técnicas e da crença de que empregos pós-universitários são o único caminho para o sucesso, um novo relatório destaca que, nos EUA, profissionais técnicos podem ganhar salários de seis dígitos sem carregar a dívida acumulada para se formar da universidade.
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Na verdade, instaladores de elevadores e escadas rolantes ganham, em média, pouco mais de US$ 100 mil por ano – e você só precisa de um diploma do ensino médio para começar no setor.
De acordo com a análise realizada pela Pro Tools dos dados salariais publicados em maio de 2023 pelo Bureau of Labor Statistics (a Agência de Estatísticas Trabalhistas), este é o emprego técnico mais bem pago do país.
Mas há uma pegadinha: candidatos devem estar dispostos a suportar trabalhar tanto em áreas confinadas quanto em alturas. Eles também devem estar preparados para começar do zero em alguns empregos e ficar de plantão 24 horas por dia.
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Infelizmente, todas as profissões técnicas mais bem pagas exigem muito fisicamente.
De acordo com o relatório, instaladores de linhas de energia elétrica ganham mais de US$ 85 mil por ano, e os técnicos em mecânica de aeronaves têm um salário médio anual de US$ 76.260.
No entanto, o primeiro frequentemente envolve trabalhar em grandes alturas ou em condições climáticas adversas, enquanto o último pode exigir horários incomuns para acompanhar horários de voos e lidar com o constante ruído associado às aeronaves.
Prefere segurança em vez de salário? Considere manutenção e reparo
Embora instaladores de elevadores e escadas rolantes sejam as profissões mais bem pagas, não são os trabalhadores mais comuns ou mais procurados: no ramo, são abertas apenas 2,1 mil vagas de emprego por ano e o crescimento da empregabilidade é limitado, de acordo com a agência.
Assim, aqueles que buscam garantir oportunidades e querem melhorar suas chances de conseguir um emprego de colarinho azul podem pensar em explorar trabalhos de manutenção e reparos gerais.
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Embora trabalhadores de manutenção e reparos ganhem bem menos do que os instaladores de elevadores e escadas rolantes (US$ 46,7 mil por ano, em média), atualmente, esses são os empregos técnicos mais comuns e procurados nos Estados Unidos.
Aqueles que buscam estabilidade em vez de altos salários têm mais de 55.579 oportunidades dentre as quais escolher, e a demanda não deve diminuir tão cedo, já que a previsão de crescimento na oferta de empregos para trabalhadores de manutenção e reparos é de 4% nos próximos anos.
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Além do mais, você não precisa de nenhuma experiência profissional ou qualificação específica para ingressar no setor, pois a maioria das pessoas aprende na prática.
Recém-formados: é hora de mudar de carreira?
Depois de investir tempo e (muito) dinheiro para conseguir um diploma universitário, é compreensível querer seguir carreira na área em que se estudou.
No entanto, recém-formados podem ter mais sucesso ao optar por carreiras técnicas e aceitar o fato de estarem superqualificados e de terem muitas dívidas, em vez de buscar o emprego corporativo dos sonhos.
Pesquisas indicam que estudantes com alto nível de escolaridade estão se sentindo desvalorizados no mercado de trabalho à medida que os empregadores adotam uma “estratégia de esperar e observar” diante dos avanços da IA e da incerteza econômica.
Mas cuidado: você terá de competir contra uma onda de jovens que não frequentaram a faculdade, adquiriram as ferramentas e já acumularam experiência como soldadores, encanadores e carpinteiros enquanto você estudava.
“As pessoas estão começando a sentir cheiro de rato”, comentou Mike Rowe, CEO da MikeRoweWorks Foundation, sobre a mudança, acrescentando que os empregos de colarinho azul “são um caminho direto para um emprego de seis dígitos” sem o peso da dívida.
Por exemplo, considere o caso de Chase Gallagher: o jovem de 23 anos começou a trabalhar como cortador de grama quando era adolescente e agora gera mais de US$ 1 milhão em receitas.
“Eu simplesmente não vi o retorno sobre o investimento de fazer um curso universitário”, disse o jovem da geração Z à Fortune. “Você ainda pode estar entre os 1% que recebem os maiores rendimentos nos Estados Unidos e ser proprietário de uma empresa que oferece serviços técnicos.”
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HBR: ©.2024 Harvard Business School Publishing Corp./Distribuído por The New York Times Licensing Group