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A Domino’s gostaria que seus clientes ajudassem a aumentar a renda de seus entregadores.
No último dia 29 de abril, a empresa lançou uma promoção na qual os clientes que dessem uma gorjeta de US$ 3 ou mais por pedido receberiam um cupom no valor de US$ 3 válido para o próximo pedido, desde que a encomenda fosse feita na semana seguinte.
“Hoje, não importa aonde você vá, há sempre uma tela de gorjetas”, disse Kate Trumbull, vice-presidente sênior e diretora de marca da Domino, em comunicado. “Existe pressão para que você dê gorjetas, mesmo quando nenhum serviço adicional é oferecido. Então, decidimos inverter o roteiro e mostrar nossa gratidão dando gorjetas aos clientes.”
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Embora qualquer cliente habitual gostaria de receber um desconto em seu pedido, e se recusar a dar uma gorjeta ao entregador não seja uma atitude positiva, essa promoção também pode inadvertidamente levantar a questão dos salários dos trabalhadores.
Os trabalhadores da indústria alimentícia têm ocupado os noticiários ultimamente, especialmente desde que a Califórnia implementou um salário mínimo de US$ 20 por hora para quem trabalha no setor de fast-food, uma medida que impactou 500 mil pessoas em todo o estado. Os economistas têm opiniões divergentes sobre os efeitos dessa decisão, e, desde que foi anunciada, surgiu um debate sobre o impacto que ela terá.
Os entregadores da Domino’s recebem salários diferentes, dependendo de sua localização. Um tópico do Reddit que questionava os ganhos no ano passado recebeu comentários de pessoas que afirmavam ser entregadores e relatavam renda de US$ 3 a US$ 15 por hora (além de gorjetas e quilometragem) pelas entregas.
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Outro debate é se a Domino’s é tecnicamente fast food. A maioria dos restaurantes da rede não tem guichê drive-thru e os pedidos são preparados na hora. Entretanto, a empresa é a maior rede de pizzarias do mundo.
E ela também é mestra em relações públicas, tendo lançado no ano passado uma promoção que denominou “pizza de emergência grátis” e que distribuiu US$ 1 milhão em pizzas grátis para pessoas que tiveram que retomar o pagamento de seus empréstimos estudantis.
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