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O Trafigura Group está se preparando para uma transição de liderança, com o chefe de gás, energia e renováveis, Richard Holtum, assumindo como novo CEO, substituindo Jeremy Weir, que permanecerá como presidente da gigante de negociação de commodities.
Holtum, de 39 anos, ex-capitão do exército britânico que ingressou na Trafigura em 2014, tem realizado reuniões com os chefes de diferentes commodities e suas equipes na Trafigura para discutir suas carteiras de negociação enquanto se prepara para assumir o cargo, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas ao discutir informações privadas.
Ele se tornará o terceiro CEO na história de 31 anos da Trafigura, após Weir assumir em 2014 do fundador Claude Dauphin, que permaneceu presidente até sua morte no ano seguinte. A empresa planeja fazer um anúncio já na próxima semana, informou o Financial Times.
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A mudança ocorre em um momento de fluxos mais amplos para a Trafigura, que é propriedade de cerca de 1.400 de seus principais funcionários e compete com o Vitol Group e a Glencore pelo título de maior trader de commodities do mundo.
A empresa anunciou uma série de mudanças em seus altos escalões nos últimos dois anos, incluindo uma grande reestruturação e a saída de vários de seus executivos mais seniores — incluindo Mike Wainwright e Jose Larocca, os dois homens que, junto com Weir, formaram o trio de liderança desde a morte de Dauphin.
Holtum era pouco conhecido fora da Trafigura e de seus mercados imediatos quando a Bloomberg informou em abril que ele estava em posição de destaque para ser o próximo CEO, enquanto Weir planejava buscar um sucessor.
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Holtum ingressou na Trafigura após uma breve passagem pelo setor de petróleo bruto na Glencore e se tornou chefe global de GNL e gás em 2019. Como outros traders, a empresa obteve enormes lucros com a negociação de GNL, gás e energia durante a crise energética de 2022.
Ele assume seu novo cargo enquanto a Trafigura e o ex-diretor de operações Wainwright se preparam para ir a julgamento em dezembro por acusações de corrupção na Suíça. O caso trará novamente à tona alegações de irregularidades que mancharam a indústria de negociação de commodities nos últimos anos, e ocorre após a Trafigura se declarar culpada de acusações de corrupção separadas nos EUA em março. Wainwright negou as acusações suíças, enquanto a Trafigura afirmou que se defenderá no tribunal.
A empresa e seus rivais também estão se ajustando a uma redução nos lucros à medida que a indústria emerge do período mais lucrativo de sua história, com os mercados caóticos nos quais os traders prosperam retornando a níveis mais normais no último ano — particularmente em petróleo, energia e gás.
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Em seu negócio de metais, a Trafigura ainda está lidando com as consequências após revelar que foi vítima de uma suposta fraude massiva de níquel.
Um porta-voz da Trafigura recusou-se a comentar.
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