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Fortescue faz decisão antecipada de investimento em planta de hidrogênio verde no CE

Empreendimento no Porto do Pecém entra em fase de viabilidade e é elencado como uma das prioridades do portfólio da mineradora

Reuters

Ministro deseja que Petrobras e Vale liderem a transição energética no mercado interno, inclusive com a produção e uso de hidrogênio verde (Dado Galdieri/Bloomberg)
Ministro deseja que Petrobras e Vale liderem a transição energética no mercado interno, inclusive com a produção e uso de hidrogênio verde (Dado Galdieri/Bloomberg)

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A mineradora australiana Fortescue anunciou nesta quarta-feira sua decisão antecipada de investimento (EID, na sigla em inglês) em um projeto de produção de hidrogênio verde no Porto do Pecém, no Ceará.

O empreendimento entra agora em fase de viabilidade e é elencado como uma das prioridades de seu portfólio mundial. A próxima etapa para Pecém é a decisão final de investimento, o que está previsto para ocorrer em 2025 e definirá o avanço do projeto, disse a companhia em comunicado.

A Fortescue não forneceu mais detalhes sobre o projeto brasileiro, mas em entrevista anterior à Reuters a empresa havia apontado estudos para a instalação de uma planta com 1,2 gigawatt (GW) de capacidade de eletrólise e potencial produtivo de 900 mil toneladas de amônia verde, produto que seria exportado e poderia ser convertido novamente em sua matéria-prima (o hidrogênio) nos países consumidores.

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A mineradora, que vem investindo também em energia verde e tecnologia, está trabalhando nas últimas definições e ajustes do projeto de engenharia em Pecém, antes de iniciar a preparação da área para instalação da planta. Em paralelo, vem conversando com atuais e possíveis fornecedores para a contratação de serviços e produtos locais necessários ao empreendimento.

No comunicado, a Fortescue disse ainda observar no Brasil grande potencial para seu projeto, devido à disponibilidade de energia renovável, infraestrutura e capital humano, e destacou a aprovação de um marco regulatório para o hidrogênio verde pelo Congresso, considerado um “passo fundamental para a indústria”.

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“A cadeia de valor do H2V (hidrogênio verde) abrange todo o país e beneficiará diversos setores industriais, como fertilizantes, cimento, aço e aviação, por exemplo. O Brasil está no rumo certo”, disse o gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, Sebastián Delgui.

A empresa afirmou ainda que continuará avançando nos projetos Arizona Hydrogen (EUA) e Gladstone PEM50 (Austrália), que já receberam decisão final de investimento, e que segue explorando possibilidades em projetos no Marrocos, Argentina, Nova Zelândia, Omã, Egito, Quênia, Noruega, Jordânia e Estados Unidos.