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Existem marcas que têm o poder de “rebatizar” o nome de um produto ou serviço. Foi o que a Bombril fez com a esponja de aço e a Cândida com a água sanitária. O IFood conseguiu essa proeza com a entrega de comida a domicilio e até fez do “pede um IFood” um bordão marketeiro. Mas a empresa, que recentemente bateu a média de 100 milhões de pedidos por mês e tem 55 milhões de clientes ativos, trabalha no crescimento de outras verticais, além do delivery de restaurantes.
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As novas linhas fora do food service já representam 40% dos negócios do IFood e uma delas, especificamente, conecta a plataforma a gigantes do varejo brasileiro. É a vertical Mercado, criada em 2019, e que responde pelo delivery de varejistas, atacadistas, farmácias, pet shops e, mais recentemente, lojas de shopping centers.
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Essa unidade de negócios já trouxe mais de 70 mil estabelecimentos para o app, dentro de um universo de 350 mil parceiros cadastrados na plataforma. Dentre as empresas que utilizam o IFood Mercado como canal de venda e entrega dos seus produtos, estão companhias de faturamento bilionário e vasta rede de lojas, como Carrefour (CRFB3), GPA (PCAR3), Assaí (ASAI3), RD Saúde (RADL3) e Pague Menos (PGMN3).
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A parte de farmácia, aliás, já corresponde a 30% da vertical de Mercado com volume bruto de mercadorias (GMV) de R$ 150 milhões por mês. Entre 2022 e 2023, registrou crescimento de 25,6%. Já são 15 mil farmácias na plataforma.
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Negócio de frequência
Parcerias com empresas grandes trazem oportunidades, mas também têm seus desafios. Os negócios mais parrudos têm seus próprios canais de vendas on-line. O IFood, porém, tem a seu favor uma vasta base de usuários ativos. É o consumidor do restaurante que se depara com um cupom de desconto para pedidos no supermercado e pode vir a se tornar um comprador assíduo do estabelecimento pela plataforma.
“Somos um negócio de frequência”, explica Murilo Massari, diretor-comercial do iFood e responsável por toda a vertical de Mercado da plataforma.
“O desafio do e-commerce é manter o tráfego de pessoas dentro daquele ambiente. Quando falamos de IFood, estamos falando de 55 milhões de pessoas usando a plataforma ao menos quatro vezes por mês para comprar alguma coisa. Geralmente é em restaurante, mas já estamos trazendo essa frequência também para o nosso negócio”.
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Pequenos no radar
Apesar da relevância dos grandes players dentro da vertical, a atração de pequenas e médias empresas tem um papel estratégico para o IFood Mercado. Hoje, negócios desse porte respondem por 45% dos estabelecimentos parceiros. Segundo Massari, é entre as menores empresas que estão as maiores oportunidades de digitalização de vendas.
Pequenos e médios também permitem uma maior presença do IFood fora dos grandes centros, onde nem sempre os grandes estabelecimentos do app estão presentes. As entregas de Mercado já estão disponíveis em 860 cidades brasileiras, em todos os estados do país. Mesmo alguns players regionais de maior porte ainda estão fora da plataforma – mas em tratativas para fazer parte da lista de parceiros.
Flexibilidade de entrega
No food service, quanto menor for o tempo de entrega, melhor. Na parte de Mercado, a dinâmica varia. O usuário que faz uma compra grande em um supermercado pelo IFood, por exemplo, pode programar o horário (ou até mesmo o dia) em que deseja receber os produtos adquiridos. Mas os modelos de delivery rápido, em que o cliente leva de 15 a 30 minutos para receber o produto, também vem se consolidando dentro dessa divisão de negócio. Segundo o IFood, 45% do total de pedidos realizados na vertical Mercado têm sido atendidos nesse intervalo tempo – principalmente em bebidas, lojas de conveniência e farmácias.
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“A entrega rápida é algo que usamos como fortaleza para garantir a melhor experiência do consumidor. Não controlamos o que o cliente vai decidir, mas controlamos aquilo que podemos oferecer. […] Dependendo do tipo de compra, você tem comportamentos diferentes e a gente desenvolve formas para atender a todas as solicitações do nosso consumidor”, afirma Massari.
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