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FARNBOROUGH, Inglaterra (Reuters) – Líderes do setor de aviação se reunirão em uma conferência nos arredores de Londres a partir segunda-feira, em um momento em que a indústria enfrenta interrupções na cadeia de suprimentos, atrasos na entrega de aeronaves e planos fracassados para reduzir as emissões de gases poluentes.
A Farnborough Airshow, que acontece de 22 a 26 de julho e reúne os principais executivos de companhias aéreas, fabricantes de aeronaves e fabricantes de armas, costuma ser um festival de anúncios de pedidos de jatos de passageiros da Boeing e da Airbus.
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Mas muitos participantes disseram que não se espera que a feira produza uma enxurrada de pedidos este ano, uma vez que a Airbus está lutando para atingir suas metas de produção e a Boeing está adotando uma postura discreta em meio à sua crise de segurança desencadeada pela queda de um pedaço da fuselagem de um jato 737 MAX em janeiro. Contudo, algumas negociações serão concluídas, disseram participantes.
Os chefes do setor também estarão atentos a qualquer outro sinal de fraqueza na demanda de passageiros aéreos, após vários alertar sobre os lucros das companhias aéreas.
Os lucros das companhias aéreas no segundo trimestre devem ser mais fracos devido à espiral de custos e à deterioração dos preços, com a Ryanair não cumprindo previsões nesta segunda-feira. Isso, por sua vez, pode levar a uma desaceleração nos pedidos, à medida que as companhias aéreas lutam para se recuperar.
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“A grande questão para as companhias aéreas aqui em Farnborough é o que aconteceu com o ‘efeito halo’ da demanda após a pandemia — será que a recuperação estagnou?”, disse o veterano jornalista de aviação Mark Pilling, que será o anfitrião de um painel de CEOs.
Com as negociações limitadas, é provável que o foco recaia sobre como remover os problemas da cadeia de suprimentos e acelerar a entrega de aviões às companhias aéreas frustradas.
A aviação foi duramente atingida pela pandemia, que fez com que as viagens aéreas entrassem em colapso, mas depois se recuperassem com força. Isso fez com que muitas empresas se esforçassem para resolver a escassez de mão de obra e peças.
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A situação foi exacerbada por uma crise crescente na Boeing, que teve que desacelerar a produção de seu avião mais vendido, o 737 MAX, após a queda do pedaço da fuselagem.