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As competições do atletismo nas Olimpíadas de Paris começaram nesta quinta-feira (1º) com a conquista da medalha de prata pelo brasileiro Caio Bonfim na marcha atlética. Além da glória de subir ao pódio, pela primeira vez na história dos Jogos os atletas da modalidade terão um incentivo extra: os medalhistas de ouro receberão um prêmio em dinheiro da World Athletics, órgão que gere o atletismo no mundo.
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A federação esportiva pagará uma premiação de US$ 50 mil (R$ 282 mil) para os campeões olímpicos do atletismo, que será dividida no caso de modalidades coletivas, rompendo uma tradição de 128 anos. Até então, as federações nunca haviam premiado os atletas financeiramente nos Jogos Olímpicos.
A controversa decisão foi criticada pela Associação das Federações Internacionais dos Jogos Olímpicos de Verão, que reúne 30 esportes olímpicos. Para a organização, “a iniciativa mina os valores do Olimpismo e o caráter único dos Jogos”.
“Uma medalha de ouro olímpica não tem preço e não deveria ter”, disse a associação. O presidente da World Athletics, Sebastian Coe, argumenta que a medida é uma “demonstração do empoderamento dos atletas”. “Os prêmios são o reconhecimento do papel crucial que os atletas desempenham no sucesso dos Jogos”, afirmou.
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Os US$ 2,4 milhões (R$ 13,5 milhões) que a federação dispõem para os prêmios é proveniente de parte da receita que recebe a cada quatro anos do Comitê Olímpico Internacional (COI).
Os medalhistas olímpicos, no entanto, já costumam receber premiação em dinheiro dos comitês nacionais – como faz o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) – ou mesmo de patrocinadores.
No caso do COB, o prêmio pela medalha de ouro na categoria individual é de R$ 350 mil, chegando a R$ 1,05 milhão na categoria coletiva (sete ou mais atletas). Há também premiação para as medalhas de prata e bronze, nas categorias individual, grupo e coletiva, sendo que nessas duas últimas os valores são divididos entre os medalhistas.
