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(Bloomberg) – As exportações de relógios da Suíça caíram em maio, à medida que se mantém a desaceleração na demanda por relógios premium e de luxo na China e em Hong Kong.
As remessas caíram 2,2% em valor, para 2,3 bilhões de francos suíços (US$ 2,6 bilhões) em maio em relação ao ano anterior, informou a Federação da Indústria Relojoeira Suíça na última quinta-feira. As exportações para a China continental, o segundo maior mercado atrás dos EUA, caíram 18% em valor bruto. As remessas para Hong Kong, um importante centro comercial de relógios, despencaram 23%.
Os números mais recentes seguem um período em que a demanda por relógios caros diminuiu após uma recuperação logo quando os bloqueios por conta da Covid terminaram. Os compradores de relógios premium reduziram os gastos num contexto de taxas de juros mais elevadas, de um crescimento económico instável e de conflitos geopolíticos.
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Os relojoeiros também estão sofrendo com a força contínua do franco suíço face a outras moedas, o que estimulou aumentos de preços em alguns mercados e dissuadiu os clientes. Após outro recorde em 2023, as exportações de relógios suíços caíram 2,5% nos primeiros cinco meses do ano, para cerca de 10 mil milhões de francos no total.
A descida do mês passado segue-se a um aumento surpreendente em abril, impulsionado por uma recuperação nos EUA. As exportações de maio para os EUA ficaram estáveis.
Os resultados de maio sublinham o colapso na procura de relógios no segmento de preço médio, disse Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel.
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Os números podem pesar nas previsões de crescimento da Richemont, proprietária da Cartier e da Vacheron Constantin, bem como do Swatch Group AG, que fabrica as marcas Omega e Longines, entre outras, disse o analista do Citigroup Thomas Chauvet em um relatório.
“Com a elevada exposição da Richemont e da Swatch a um consumidor chinês deprimido, vemos riscos negativos”, disse o analista do Citi.
As exportações de relógios caros com preços acima de 3.000 francos mostraram alguma força em maio, ganhando 0,7% em valor e caindo 4,9% em número de unidades.
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Os relojoeiros suíços, incluindo a Rolex e a Patek Philippe, têm aumentado os preços e produzido relógios mais caros para manter o valor das vendas no meio da recessão.
As remessas de relógios com preços brutos entre 500 francos e 3.000 francos caíram 16%, enquanto os relógios com preços brutos inferiores a 200 francos, impulsionados pelas colaborações entre Omega e Blancpain do Swatch Group AG, caíram 1,2% em valor.
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