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Os últimos anos solidificaram a importância dos executivos de tecnologia no dia a dia das empresas brasileiras. Esses profissionais estão cada vez mais presentes nas decisões de outras áreas das companhias e são mais demandados pelos seus CEOs. Em boa medida, a urgência pela implementação de soluções de inteligência artificial justificam a tendência, que é confrontada pela falta de maturidade tecnológica de alguns negócios nesse tema.
É isso que mostra o novo estudo do Google Cloud em parceria com a IDC Brasil, que ouviu 120 lideranças de companhias de grande porte no Brasil. Segundo a pesquisa, 82% dos executivos de tecnologia se sentem pressionados a implementar ou utilizar novas tecnologias em suas empresas e 62% participam da tomada de decisões estratégicas.
Os CEOs das empresas são o principal ponto de pressão para digitalização dos negócios, destacados por 30% dos respondentes. Neste ano, 68% dos profissionais consultados para a pesquisa disseram se sentir mais próximos dos seus CEOs, um aumento de 4% em comparação a 2022.
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Algumas das maiores prioridades nas companhias, junto a tecnologias de nuvem, são as relacionadas à inteligência artificial: IA e Machine Learning são tratadas como urgência por 44% dos entrevistados, enquanto a Inteligência Artificial generativa é apontadapor 42%. O tema é debatido frequentemente ou sempre em reuniões em 81% das empresas consultadas na pesquisa.
Por outro lado, são poucos os executivos de tecnologia que veem suas empresas maduras para adotar IA generativa em seus processos. Luciano Ramos, Country Manager da IDC Brasil, explica que muitas das companhias estão tateando iniciativas nessa área, com treinamentos e pesquisa. “Elas ainda estão em um momento de aprendizagem”, diz.
Apenas 25% das companhias já desenvolveram provas de conceito e testes práticos de IA generativa. De acordo com o presidente do Google Cloud para a América Latina, Eduardo López, em coletiva no Google Cloud Summit, as corporações têm dificuldade para definir a melhor forma de alocar orçamento em IA e convencer seus CFOs a liberar verbas.
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“Ainda não está claro o caso de negócio que justifique o investimento”, explica López. Em cada indústria, as aplicações e casos de uso estão sendo desenvolvidos em estágio de vanguarda. A tendência é que, quando forem validadas, essas iniciativas se espalhem pelas outras empresas do mesmo setor.
O BV, parceiro do Google Cloud, por exemplo, está utilizando IA para análise de documentação de crédito. Uma vez validada, outras empresas do setor financeiro podem considerar a alternativa como uma boa opção.
A pesquisa avaliou o processo de digitalização das companhias em quatro categorias diferentes. A maior parte delas, 41%, descrevem que seus objetivos de digitalização estão alinhados à estratégia da empresa e as iniciativas já são executadas no dia a dia. Apenas 26% das respostas estiveram na categoria mais avançada, em que a empresa é agressiva no uso de novas tecnologias digitais e modelos de negócios no processo de digitalização.
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