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Ex-CEO da Americanas é solto após prestar depoimento em Madri e nega acusações

Defesa de Miguel Gutierrez informou que ele está em sua residência neste sábado (29) e chamou delações contra ele de "mentirosas"

Equipe InfoMoney

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O ex-CEO das Lojas Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, foi colocado em liberdade após ter sido preso em Madri, capital da Espanha, na sexta-feira (28), com a deflagração da Operação Disclosure, da Polícia Federal. Ele teve seu nome incluído na lista vermelha de procurados pela Interpol após o mandado não ser cumprido uma vez que o ex-CEO estava fora do país.

Em nota, a defesa de Gutierrez informou que o executivo está neste sábado (29) em sua residência na capital espanhola, no mesmo endereço comunicado em 2023 às autoridades espanholas e brasileiras. Segundo o comunicado, ele “sempre esteve à disposição dos diversos órgãos interessados nas investigações em curso”.

Miguel Gutierrez, ex-CEO das Lojas Americanas. (Crédito: Reprodução/Americanas Summit 2021)

Na véspera, declarou a defesa, o executivo compareceu à polícia de forma espontânea para prestar esclarecimentos sobre a investigação e, agora, poderá exercer sua defesa frente às acusações que, segundo a nota, seriam originadas por “delações mentirosas em relação a ele”.

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“A defesa reitera ainda que Miguel jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios, manifestando uma vez mais sua absoluta confiança nas autoridades brasileiras e internacionais”, informou.

As acusações

Gutierrez teria se desfeito de bens como imóveis e veículos e enviado o dinheiro ao exterior, em offshores sediadas em paraísos fiscais, antes de sair do país, afirmou a Folha de S. Paulo, com base em informações da Polícia Federal.

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As acusações contra o ex-CEO da Americanas envolvem crimes de uso de informação privilegiada, manipulação de mercado e associação criminosa. Além disso, Gutierrez também é acusado de lavagem de dinheiro, que continua em curso, devido a “ocultação patrimonial” ao tirar o dinheiro do país.

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Uma das transações teria envolvido o envio de US$ 1,5 milhão para uma empresa sediada em Nassau, nas Bahamas.