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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reagiu à notícia de uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as condições de trabalho na obra da fábrica da montadora BYD em Camaçari (BA). “Eu confio na BYD. Conversamos ontem, atitudes estão sendo tomadas sobre o que foi denunciado”, disse.
No último fim de semana, foi anunciado que o MPT instaurou um inquérito para investigar as condições de trabalho dos operários nas obras, após reportagem de denúncias publicada pela Agência Pública em novembro.
Rodrigues esteve na manhã desta segunda-feira (2) em um evento na planta junto ao ministro-chefe da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa. À presidente da BYD para Europa e Américas, Stella Li, o governador disse que poderia contar com o apoio dos governos federal, estadual e municipal – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigues e Luiz Caetano, prefeito eleito de Camaçari, dividem sigla no Partido dos Trabalhadores (PT).
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“Nós somos um governador e um presidente de classe operária, uma classe rural, oriundos de famílias pobres que sabem muito bem o que significam boas condições de trabalho”, disse Rodrigues.
Como a empresa responde à denúncia
A BYD se posicionou sobre o incidente alegando que identificou inconformidades em relação aos trabalhadores em Camaçari e exigiu atitudes das prestadoras de serviço.
“A BYD respeita as leis brasileiras, ela trabalha dentro de toda legislação municipal, estadual e federal. Sejam de relação trabalhista, relação com meio ambiente ou comercial com as empresas que prestam serviços”, disse o vice-presidente sênior da companhia no Brasil, Alexandre Baldy.
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O executivo disse que “não se tolera nenhum desrespeito às condições de trabalho, de relações humanas e sobretudo aos investimentos que estão sendo realizados”. Segundo Baldy, a BYD enviou ao ministro Rui Costa o pedido de cancelamento do visto das pessoas envolvidas nos incidentes de abusos.
O MPT pediu tanto da BYD quando de empresas chinesas contratadas para prestar serviços documentos de empregados trazidos da China. A montadora diz que deve aumentar a fiscalização, convidando outras instituições para ajudar a “promover o contrato comercial de prestação de serviço”.
O repórter viajou a Camaçari a convite da BYD