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A Agroconsult prevê que a produção brasileira de soja na safra 2023/24 será ainda menor do que o esperado. A consultoria cortou 1,6 milhão de toneladas da estimativa realizada em janeiro e, agora, espera por uma colheita de 152,2 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, a redução é de 4,7%.
Apesar de reduzir sua estimativa, o número da Agroconsult ainda se mostra mais otimista do que o da própria Conab. Em seu levantamento de fevereiro, a estatal projetou a produção brasileira de soja em 149,4 milhões, o que apresentou um corte de praticamente 6 milhões de toneladas em relação a janeiro.
O ajuste da consultoria reflete os efeitos negativos do clima, especialmente sobre as lavouras de Mato Grosso. No maior produtor do país, o Rally da Safra, expedição organizada pela consultoria, identificou que as áreas plantadas com variedades precoces – semeadas entre setembro e outubro – e representam 40% do total foram as mais prejudicadas.
Contudo, as áreas plantadas a partir da segunda metade de outubro até novembro têm apresentado melhor potencial de desenvolvimento, ainda que também impactadas pelo clima. A expectativa é que a produtividade da soja de Mato Grosso encolha 17,7% e alcance 52,5 sacas.
Assim como em Mato Grosso, em Goiás, as lavouras plantadas em setembro e outubro foram as mais prejudicadas. Já os plantios realizados a partir de outubro foram beneficiados pelas chuvas em dezembro, o que levou a uma revisão da produtividade média para 59 sacas por hectare – no pré-Rally a estimativa era de 56 sacas.
No Mato Grosso do Sul houve uma piora do cenário no sul do estado em função do clima quente e seco ao longo de dezembro e janeiro que levou à revisão da produtividade para 57,5 sacas por hectare (59 sacas por hectare na projeção anterior).
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A queda na produtividade também foi identificada em Minas Gerais, onde serão colhidas 57 sacas por hectare, ante as 59 da safra anterior. Em São Paulo, as lavouras produzirão 5 sacas a menos, atingindo uma média de 55 sacas por hectare nesta safra.
Segundo a consultoria, no Paraná e Rio Grande do Sul, sob impacto da seca em janeiro e início de fevereiro, as produtividades foram reduzidas para 58 e 53 sacas por hectare, contra 60 e 55,5, respectivamente, previstas no pré-Rally.