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A farmacêutica brasileira EMS recebeu autorização da Anvisa para a produção nacional da liraglutida, princípio ativo presente em medicamentos como o Ozempic, famoso por seus efeitos no emagrecimento e no controle da diabetes tipo 2. A informação foi apurada pelo jornal Folha de São Paulo.
Com a aprovação, a EMS entra na disputa por um mercado em alta, que já conta com nomes como Saxenda e Mounjaro. A empresa investiu mais de R$ 150 milhões na fábrica de Hortolândia (SP), que será responsável pelo desenvolvimento e produção do medicamento.
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A entrada da EMS no mercado nacional promete ampliar o acesso a esse tipo de medicamento, que atualmente depende de importação e sofre com frequentes problemas de abastecimento. Os novos medicamentos da EMS serão comercializados sob as marcas Olire, para obesidade, e Lirux, para diabetes tipo 2.
Com a autorização dada a EMS, a indústria farmacêutica brasileira conseguiu o primeiro registro mundial de produção de um polipeptídio sintético.
Posicionamento Novo Nordisk
Em nota, a Novo Nordisk esclarece que os medicamentos Ozempic, Rybelsus e Wegovy, que têm como princípio ativo a semaglutida, foram desenvolvidos e estudados para o tratamento de populações e condições específicas e estão sob proteção de patente, que foi depositada no ano de 2006 para análise do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e concedida em 2019 com validade até o ano de 2026 no Brasil, sendo que a patente da tecnologia SNAC, de Rybelsus, expira no ano de 2031.
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“Suas formulações, doses e aprovações são distintas dos medicamentos que contêm liraglutida como princípio ativo, como Victoza e Saxenda. Assim, medicamentos recentemente aprovados que utilizam liraglutida não pertencem à mesma classe terapêutica da semaglutida.”
No Brasil, a Novo Nordisk tem autorização da Anvisa para comercializar o Saxenda e o Wegovy (semaglutida 2,4mg) como opções de tratamento para adultos com obesidade e sobrepeso com alguma comorbidade associada e adolescentes acima de 12 anos com obesidade.
“O Ozempic, por sua vez, não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para o tratamento de obesidade, sendo essencial que qualquer tratamento seja realizado exclusivamente sob orientação médica. O medicamento foi aprovado pelas autoridades regulatórias do Brasil em agosto de 2018 para o tratamento do diabetes tipo 2 e começou a ser comercializado no primeiro semestre de 2019.”