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A empresa Real Solar, do Rio Grande do Norte, venceu o leilão das 37 marcas da Chocolates Pan, tradicional fabricante de doces como o Cigarrinho de Chocolate, o Chocolápis e as Moedas de Chocolate, com um lance de mais de R$ 3 milhões.
Doze empresas participaram da disputa, que teve 25 lances, e agora o resultado precisa ser homologado pela Justiça. A vencedora é de de Goianinha (RN), que fica a 60 km da capital potiguar, Natal.
“O leilão da marca foi um processo muito disputado e transparente, que atraiu o interesse de vários licitantes. A empresa vencedora terá a chance de explorar o enorme potencial dessa marca tão tradicional e querida pelos brasileiros”, afirmou o leiloeiro oficial, Erick Teles. “Agora o resultado depende de aprovação do juiz”.
A Chocolates Pan está em processo de falência, por isso as marcas foram a leilão. A companhia entrou com o pedido em 10 de fevereiro, alegando ter cerca de R$ 200 milhões em dívidas e não ter condições de continuar suas atividades, diante do aperto financeiro.
A ARJ Administração e Consultoria Empresarial é a a administradora judicial da falência. O seu representante, Fábio Rodrigues Garcia, disse que o leilão da marca Pan foi importante para o processo, pois “o valor arrecadado vai ajudar a quitar parte das dívidas com os credores. Especialmente, vamos conseguir quitar todos os débitos com os funcionários”.
Garcia “Além disso, o leilão vai possibilitar que a marca Pan retorne ao mercado, com uma nova gestão, uma nova proposta, gerando mais emprego e renda”, afirmou.
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A Chocolates Pan foi criada em 1935, em São Caetano do Sul (SP), e funcionou até 2023, quando a Justiça decretou a falência da empresa após um processo de recuperação judicial iniciado em 2020.
O prédio onde eram fabricados os principais produtos da Pan, na cidade do ABC Paulista, já havia sido leiloado outubro e arrematado pela Cacau Show. A empresa ofereceu R$ 70 milhões pelo terreno de 10,4 mil m².
Um dos produtos ícones da empresa, o Cigarrinho de Chocolate se popularizou na década de 1940, mas foi descontinuado na década de 1990, após a proibição da fabricação de produtos que simulassem cigarros ou derivados.
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(Com Agência Brasil)