Conteúdo editorial apoiado por

Embraer passa por um momento inédito na unidade de defesa e segurança, diz empresa

Pela primeira vez, os pedidos (backlog) internacionais superaram os nacionais em um movimento visto como globalização da unidade de negócios

Mitchel Diniz

João Bosco Costa Junior - Presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança (Foto: InfoMoney)
João Bosco Costa Junior - Presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança (Foto: InfoMoney)

Publicidade

A unidade de defesa e segurança da Embraer (EMBR3) passa por um momento inédito. Pela primeira vez, os pedidos (backlog) internacionais superaram os nacionais em um movimento visto como globalização da unidade de negócios.

“É um divisor de águas que mostra o quanto estamos internacionalizando a área de defesa da Embraer”, afirmou João Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa e Segurança, na manhã desta quinta-feira (29).

O executivo participa de evento na B3 para comemorar os 35 anos de listagem da companhia na Bolsa brasileira.

Continua depois da publicidade

Na apresentação, Bosco reforçou que o modelo C-390 é o principal vetor de crescimento da unidade de negócios hoje. Além de seis aeronaves do tipo em operação no Brasil, há duas em Portugal e mais um modelo será entregue à Hungria na semana que vem. Holanda, Áustria, República Tcheca e Coreia do Sul também selecionaram a aeronave multimissão.

“São forças aéreas que são formadoras de opinião”, afirmou Bosco. O cargueiro da Embraer também disputa contratos na Índia e na Arábia Saudita.

“Na Arábia Saudita existem 40 aviões táticos antigos, já no momento de troca”, explica o CEO. Na Índia, existe potencial de entrada de 80 aeronaves e a empresa contratou um parceiro local para fortalecer sua presença. Caso o contrato seja fechado, a Embraer teria que fabricar 50% do conteúdo do avião localmente, como manda a legislação indiana.

Continua depois da publicidade

“Os Estados Unidos, por óbvio, é um mercado que a Embraer Defesa e Segurança quer penetrar. É um mercado que o ano passado investiu US$ 900 bilhões em defesa. Então qualquer player de defesa no mundo não pode estar fora desse mercado”, complementou Bosco.

“A gente entende que um mix de frota, cargueiros estratégicos somado a cargueiros táticos – e aí entra o C-390 – traria uma capacidade, uma versatilidade muito grande para a operação da força aérea americana E é dessa forma que nós estamos tentando vender e penetrar com o C-390 nos Estados Unidos”.

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados