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Os setores de saúde, financeiro e de bens industriais são os que apresentaram maior avanço de receita dentro do Elite InfoMoney 2024, levantamento que aponta quais são as 88 companhias brasileiras de capital aberto que crescem mais e com mais consistência, considerando dados financeiros e valor de marca.
Considerando a receita consolidada das empresas dos três setores, o progresso foi de 72% no caso de saúde, de 58% no setor financeiro e de 24% no de bens industriais entre 2021 e 2023.
Essa é uma das conclusões levantamento, que derivou de um raio-x técnico aprofundado sobre o desempenho das empresas realizado pela Elos Ayta Consultoria, referência em análises e insights econômicos.
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A metodologia foi criada por Einar Rivero, sócio-fundador da empresa, e considerou um conjunto de indicadores financeiros e de marca para mensurar a performance das companhias brasileiras – tanto as listadas na B3 quanto as que possuem ações negociadas nas bolsas dos Estados Unidos.
Os critérios considerados foram: Receita, Margem Líquida, Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE), Dividendo x Patrimônio Líquido (PL), Prêmio x Ibovespa e Valor de Marca. Conheça a metodologia completa aqui.
Figuram na lista companhias de 38 setores diferentes que possuem papel relevante no desenvolvimento do País, algumas com trajetórias centenárias e outras com inovações que vêm transformando os mercados mais relevantes da economia.
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O setor mais representativo
O setor financeiro foi o mais representativo nesta edição do Elite InfoMoney. Tanto é o que possui a maior quantidade de empresas (17) quanto a maior receita consolidada – R$ 1,1 trilhão em 2023. “É o equivalente a 24% do valor total de faturamento de todas as empresas da lista”, diz Rivero, da Elos Ayta.
Marco Saravalle, diretor de Educação e Certificação da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), destaca que os papéis de instituições financeiras tiveram performance superior a das ações que dependem da economia local e são pouco reguladas. “De modo geral, trata-se de um segmento que apresenta uma boa taxa de risco e retorno”, diz.
Os setores em ascensão
Dos 38 setores que aparecem na lista, 18 tiveram crescimento de receita em todos os anos analisados – 2021, 2022 e 2023.
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“Um destaque foi o de serviços médico-hospitalares e análise de diagnósticos, que aumentou em 51% o valor da receita só na passagem de 2022 para 2023. Esse resultado pode ser atribuído à crescente demanda por serviços de saúde, impulsionada pela conscientização sobre saúde e avanços tecnológicos”, pontua Rivero, da Elos Ayta Consultoria.
Os setores de aluguel de carros e holdings diversificadas, por sua vez, também apresentaram expansão, com crescimento acumulado de 60% e 66%, respectivamente, entre 2021 e 2022. “Os números sugerem um mercado mais dinâmico, possivelmente impactado por transformações em mobilidade e mudanças no perfil de investimentos”, afirma Rivero.
Outro ponto é o desempenho estável de segmentos ligados ao consumo básico, como carnes e derivados, que somou com R$ 576 bilhões em receita em 2023 – ou 13,6% do valor total de faturamento das empresas da lista.
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Para onde olhar com atenção
O conjunto das 88 empresas do levantamento teve avanço de 9% na receita entre 2021 e 2023, mas registrou uma retração de 4,5% no último ciclo, de 2022 para 2023. “Os segmentos mais afetados, como petroquímicos e produtos de uso pessoal, que sofreram quedas de até 30%, refletem variáveis macroeconômicas e mudanças nos padrões de consumo”, diz Rivero.