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Diversificação internacional ganha força na BRF e ajuda a explicar recordes

Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no trimestre e geração de caixa livre de R$ 1,7 bilhão

Iuri Santos

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Por trás de um trimestre recorde para a BRF (BRFS3), melhores resultados com exportações e maior diversificação dão à companhia bons motivos para confiar em um cenário global positivo por um bom tempo. A empresa tem reforçado a diversificação de mercados onde conquista habilitações para exportação, alcançando 32 novas no trimestre.

Da receita líquida de R$ 14,9 bilhões reportada pela empresa no segundo trimestre, R$ 7 bilhões vieram das vendas internacionais, um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2023. “Temos uma demanda firme não só no mercado doméstico, mas também no internacional”, avalia o CFO da BRF, Fabio Mariano.

Enquanto isso, indo para a última linha do balanço, a BRF reportou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no trimestre, revertendo um prejuízo de R$ 1,3 bilhão de um ano antes.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 2,6 bilhões, uma alta de 160%, com uma margem de 17,6%, ante 8,2% na comparação anual.

BRF (BRFS3): Rentabilidade

Com uma rentabilidade avançando mais de 4% em comparação ao primeiro trimestre e 17% em relação ao mesmo período do ano anterior, a empresa atribui o resultado à recuperação dos preços de exportação em diversos destinos, especialmente com bons desempenhos em locais como Turquia e Golfo Pérsico, além da estratégia de diversificação de mercado. A empresa acumulou 32 novas habilitações no trimestre, com destaque para os Estados Unidos, Reino Unido e Sudeste Asiático.

“Quando se tem mais habilitações, você aumenta a diversidade geográfica e capilaridade para transitar seu produto onde oferta e demanda estão equilibradas ou são favoráveis”, diz Gularte. “A tendência normal é que oferta e demanda se reequilibrem no médio prazo. Isso pode surpreender alguns mais novos no setor, pois este período agora parece mais estável.”

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Mercado de grãos

A expectativa do CEO da companhia, Miguel Gularte, é de que o cenário para os preços de grãos — que impactam os custos da companhia — encontre um “cenário muito mais estável” neste momento, em comparação aos últimos anos.

“Há uma produção mundial bem equilibrada, tanto de soja quanto de milho, com a Argentina se recuperando e uma safra nos Estados Unidos que, se não bater recorde, deve chegar perto disso”, diz o executivo.

No mês de julho, os produtores foram impactados por uma restrição na exportação de aves após a identificação de um animal com a doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. Segundo a empresa, houve um impacto, mas a coordenação dos setores da companhia ajudou a superar as consequências. Nesta quarta-feira, a China reabilitou as importações do Brasil, excetuando o Rio Grande do Sul.

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(Com agências de notícias)

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.