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Os desembolsos de crédito rural do Banco do Brasil, líder desse segmento no país, alcançaram R$ 200 bilhões nos primeiros dez meses desta safra 2023/24, um novo recorde histórico. Em todo o ciclo 2022/23, o montante alcançou R$ 196,6 bilhões. De julho do ano passado ao último mês de abril, foram liberados pela instituição R$ 179,1 bilhões em operações de crédito rural em si, com destaque para custeio, e R$ 20,9 bilhões foram destinados a financiamentos de cadeia de valor.
Embora o montante desembolsado continue em alta, houve aumento da inadimplência, em decorrência da conjunção negativa derivada de quebra de safra e queda de preços de grãos como soja e milho. Em teleconferência com analistas sobre resultados, o vice-presidente de Finanças do BB, Marco Geovanne Tobias, afirmou que a situação está sendo monitorada. A taxa de inadimplência atingiu 1,19% no primeiro trimestre deste ano, ante 0,96% em igual período de 2023.
O banco anunciou nos últimos dias que os produtores rurais gaúchos afetados pelas fortes chuvas que já mataram mais de 100 pessoas no Estado terão prazos de pagamento de dívidas prorrogados, com a manutenção dos encargos originais. Outras medidas de socorro estão sendo adotadas pelos governos estadual e federal. Os prejuízos agrícolas e pecuários provocados pela tragédia já são calculados em quase R$ 800 milhões.
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