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Depois de triplicar receita, Housi mira expansão internacional

Startup deve começar expansão fora do país por Portugal e almeja investir no México e nos Estados Unidos

Felipe Mendes

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Fundada em 2019 com um conceito de moradia conectada, a Housi está se preparando para dar seus primeiros passos fora do Brasil. Presente hoje em 125 cidades no país, a startup deve começar a operar em Portugal este ano. México e Estados Unidos também estão no roteiro de expansão da companhia. “Estamos estudando algumas possibilidades. Vamos começar com uma operação menor, mas ainda este ano. Portugal, por questões da língua portuguesa, será o primeiro país a receber a Housi”, disse Alexandre Lafer Frankel, fundador e CEO da Housi, ao IM Business.

Nascida como um spin-off da incorporadora Vitacon, também idealizada por Frankel, a Housi tem firmado parcerias com diversas construtoras para oferecer seu serviço de moradia por assinatura. Já são mais de 100 mil apartamentos em sua carteira, o que equivaleria, nas contas de Frankel, a 600 prédios e a um VGV de mais de R$ 15 bilhões. O core business, no entanto, é a receita gerada a partir da interação dos moradores com uma gama de serviços e produtos que já soma mais de 200 parceiros comerciais, dentre os quais redes como Ambev, Cacau Show, Magalu e Petz.

Guardada as proporções, a proposta de Frankel é transformar os imóveis em shopping centers, com uma diversificada oferta que atenda os interesses do dia a dia dos moradores. “Basicamente, a Housi é um software para o mercado imobiliário. Da mesma forma que o Windows conecta o computador a milhões de possibilidades de programas e à internet, a Housi conecta o prédio a uma série de possibilidades, sendo uma delas é a locação”, afirma o executivo. “A novidade no nosso negócio é que hoje nós não operamos mais a locação. Ela é operada por terceiros, por empresas advindas do business de Airbnb.”

Alexandre Frankel, fundador da Vitacon e da Housi (Divulgação)
Alexandre Frankel, fundador da Vitacon e da Housi (Divulgação)

Em 2023, a empresa triplicou seu faturamento frente ao ano anterior, para R$ 300 milhões. Segundo Frankel, a operação se paga atualmente e seu crescimento é orgânico. “A gente já tem fluxo de caixa positivo há dois anos e queremos triplicar o negócio novamente em 2024”, afirma. A Housi recebeu um aporte de R$ 50 milhões da Redpoint eventures em 2019. No ano seguinte, a companhia chegou a protocolar um prospecto para abertura de capital na B3, mas decidiu colocar o pé no freio e aproveitou a pandemia de Covid-19 para reformular sua proposta para um conceito de “zero ativo”. “Por conta dessa necessidade de mudança imposta pela pandemia, a gente acabou tendo um modelo muito mais ligado ao licenciamento de marca e tecnologia”, complementa.

Neste ano, a Housi pretende investir cerca de R$ 120 milhões para a aplicação de novas tecnologias e expansão dos serviços oferecidos nos espaços. A empresa está em tratativas com a rede de hospitais Albert Einstein para aprimorar a oferta voltada ao cuidado médico em suas unidades. “A gente está treinando os arquitetos a verem o prédio como um shopping center, como um PDV, e acho que isso é parte da transformação na forma de morar”, afirma Frankel. “O consumo gera rebates para o prédio que acabam economizando o custo condominial. A nossa meta é chegar a custo zero de condomínio. Hoje, a gente já tem descontos nessa taxa da ordem de 50%.”