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Cresol amplia fronteiras no país e prevê reunir 1 milhão de cooperados

Nesta safra, cooperativa prevê liberar R$ 15 bilhões em crédito rural

Fernando Lopes

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A Cresol, instituição financeira cooperativa com origem no Paraná, continua ampliando suas fronteiras. Com foco no segmento de crédito rural, passou a operar no Pará e em Mato Grosso em 2023, e até o ano que vem pretende inaugurar 50 agências físicas e salas de negócios no país para alcançar a marca de 1 milhão de associados.

“O cooperativismo tem crescido intensamente na área de crédito graças a essa expansão física e ao atendimento prestado, com bom diálogo e sensibilidade local”, afirmou Adriano Michelon, vice-presidente da Cresol Confederação, ao IM Business. Sicredi, com cerca de 6,5 milhões de associados, e Sicoob, com mais de 7 milhões, são as maiores instituições financeiras cooperativas do mercado brasileiro.

Adriano Michelon, vice-presidente da Cresol Confederação (foto: Divulgação)

“Apenas no Paraná, por exemplo, dos R$ 50 bilhões de crédito rural liberados em operações de custeio nos primeiros três meses desta safra 2023/24 [julho a setembro], as cooperativas foram responsáveis por R$ 30 bilhões”, afirmou Michelon.

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Agora presente em 19 Estados, a Cresol conta com cerca de 870 mil associados, atendidos por quase 800 agências. Puxada pelos desembolsos de crédito rural com juros controlados, vem crescendo 35% por safra nas últimas temporadas, em média. No ciclo atual, projeta acelerar esse avanço e liberar R$ 15 bilhões, 80% mais que em 2022/23 (R$ 8,3 bilhões). 

O ramo rural representa cerca de 50% das operações de crédito do grupo, e os recursos repassados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alimentam a maior parte dos contratos – em 2022/23, somaram R$ 4,7 bilhões, mais da metade do total. São atendidos produtores rurais de todos os portes.

No primeiro trimestre da safra (julho a setembro), os desembolsos atingiram quase R$ 6 bilhões, ante cerca de R$ 4 bilhões no mesmo período de 2022/23. A liberação de crédito com juros controlados para custeio chegou a R$ 4,2 bilhões, e neste momento as operações com recursos para a comercialização das colheitas começam a ganhar tração.

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Já a demanda por crédito para investimentos está menos aquecida, de acordo com Michelon. 

Em Mato Grosso, onde deve encerrar o ano com uma dezena de agências físicas, em municípios como Nova Mutum, Sorriso, Sinop e Lucas do Rio Verde, a Cresol espera que seus desembolsos dobrem a cada safra. Em 2023/24, período inicial das operações, prevê liberar mais de R$ 100 milhões, segundo Michelon. O Estado lidera a produção brasileira de grãos.

No Pará, a Cresol já tem 12 agências físicas, e atende as mais variadas cooperativas, inclusive grupos com foco em produtos como açaí e pupunha. Segundo Michelon, em mercados como esses há uma preocupação especial em estimular a sustentabilidade das atividades, e a instituição tem outras linhas de crédito secundárias com esse intuito.

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“Oferecemos financiamento para mais de 180 produtos. Encaramos o crédito rural como uma meia. Tem que se adaptar ao pé de cada cooperado. Por isso a ampliação da rede de agências, com equipes de apoio para assessorar os clientes na tomada de decisão, ajuda a fomentar nossa expansão”, concluiu Michelon.

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Fernando Lopes

Cobriu o setor de energia e foi editor do semanário Gazeta Mercantil Latino-Americana até 2000. Foi editor de Agro no Valor Econômico até fevereiro de 2023