Conteúdo editorial apoiado por

Corinthians usa mecanismo da Lei das SAF e suspende bloqueios bancários por dívidas

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) autorizou o clube a entrar no Regime Centralizado de Execuções (RCE) e concedeu uma liminar ao clube permitindo a renegociação de dívidas

Equipe InfoMoney

Camisa do Corinthians com patrocínio da Esportes da Sorte (Divulgação/Site)
Camisa do Corinthians com patrocínio da Esportes da Sorte (Divulgação/Site)

Publicidade

O Corinthians foi autorizado nesta segunda-feira (2) a utilizar um mecanismo previsto na Lei das Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs) para suspender por 60 dias as execuções e os bloqueios judiciais motivados por dívidas do clube.

A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) autorizou o clube a entrar no Regime Centralizado de Execuções (RCE) e concedeu uma liminar ao clube permitindo a renegociação de dívidas.

Segundo nota oficial do Corinthians, a medida “visa organizar o fluxo e a ordem de pagamentos dos credores, justamente para que todos possam receber, sem que ocorram bloqueios sucessivos nas contas bancárias do Clube”.

Continua depois da publicidade

Em até 60 dias deverá ser apresentado um plano de pagamentos, contemplando todos os credores.

“O Corinthians reafirma o seu compromisso com o pagamento de todos os credores, bem como com a sua reorganização jurídico/financeira/administrativa, inclusive reorganizando o seu orçamento e o controle de gastos.

Na iniciativa, o clube contou com a atuação da Mubarak Advogados e Mandel Advocacia, bem como o apoio de Advogados membros do Conselho Deliberativo, das Diretorias de Negócios Jurídicos e Financeira, do Presidente da Diretoria e do Presidente do Conselho Deliberativo.

Continua depois da publicidade

Segundo o jornal Valor Econômico, o clube entrou com o pedido de RCE na quinta-feira para centralizar as execuções cíveis contra ele. Mas o pedido de tutela de urgência para obter o benefício do stay period (a suspensão da cobranças por 60 dias) precisava ser analisado por uma vara especializada.

Nos últimos meses, o clube tem sofrido sucessivos pedidos de bloqueios judiciais por dívidas em atraso, especialmente por parte de empresários de jogadores. Na semana passada, por exemplo, foram bloqueados R$ 19 milhões das contas do clube, medida motivada pelo processo de rescisão de contrato com a Pixbet.

Na noite desta segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians vai votar um processo de impeachment do presidente Augusto Mello.