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Coreia do Sul vai investigar se Telegram permite crimes sexuais na plataforma

Ato coincide com a investigação francesa contra Pavel Durov, o fundador russo do Telegram, enquanto governos tentam atacar o crime organizado nas plataformas

Reuters

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A polícia da Coreia do Sul abriu uma investigação sobre o Telegram para definir se a plataforma de mensagens criptografadas é cumplice na distribuição de conteúdo sexualmente explícito falso, conhecido como “deepfake”, de acordo com reportagem da agência de notícias Yonhap nesta segunda-feira.

A Yonhap citou o chefe da polícia federal de investigação. O departamento de investigações digitais se recusou a comentar a reportagem.

A investigação segue-se à indignação pública e política por conta da onda de pornografia deepfake de mulheres sul-coreanas que, de acordo com a mídia local, é normalmente encontrada em grupos do Telegram.

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É um passo além dos comentários feitos pelo comissário da polícia federal do país, Cho Ji-ho, que disse no início desta segunda-feira que a polícia estava analisando a possibilidade de investigar aplicativos de mensagens sob acusação de permitir crimes. 

Autoridades sul-coreanas prometeram, semana passada, coibir os crimes sexuais com deepfake — ato que coincide com a investigação francesa contra Pavel Durov, o fundador russo do Telegram, enquanto governos tentam atacar o crime organizado nas plataformas.

Perguntado no parlamento sobre atividades criminosas no Telegram, Cho disse que investigações em fornecedores de mensagens seguras são complicadas e levam tempo. 

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A polícia sul-coreana disse que o número de crimes sexuais com deepfake tiveram grande crescimento e chegaram a 297. Em 2021, foram 156 casos, no primeiro ano em que os dados foram coletados. A maior parte das vítimas e dos criminosos são adolescentes, afirmam.

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