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Cooxupé se prepara para receber 7 milhões de sacas de café em 2024

Cooperativa prevê investimentos de pelo menos R$ 58 milhões para receber um volume 7,7% maior neste ano

Alexandre Inacio

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A colheita da safra 2024 de café terá início entre maio e junho, mas a Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), em Minas Gerais, já se prepara para receber um volume maior dos seus cooperados neste ano.

A expectativa é que cheguem aos armazéns da cooperativa 7 milhões de sacas de café neste ano. Se o volume for confirmado, representará um adicional de 500 mil sacas em comparação ao ano passado, ou, um crescimento anual de 7,7%.

“A safra 2024 será muito parecida com a de 2023. Entre as regiões que atuamos, a que deve apresentar maior crescimento é a das Matas de Minas, a mais nova onde passamos a atuar”, disse o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo.

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Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé (Foto: Divulgação)

Segundo o executivo, a produção proveniente dos cooperados terá um crescimento de 5,6% e chegará a 5,6 milhões de sacas. Já a oferta originada de produtores independentes deve crescer 16,7%, para 1,4 milhões de sacas de café.

Diferente de outras commodities, o setor cafeeiro vive um contexto privilegiado. A produção nacional deve crescer pelo terceiro ano consecutivo, depois da forte seca registrada em 2020 e da geada que destruiu praticamente 20% da oferta doméstica em 2021.

Adicionalmente, os preços do café também estão em alta. Na B3, o contrato com vencimento em maio é negociado na casa dos US$ 224 por saca, uma valorização de 6,7% em 12 meses. No mercado internacional, as cotações acumulam leve queda de 0,54%, com o vencimento maio cotado a US$ 1,8570 por libra-peso.

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Ainda que os preços estejam um pouco distantes dos almejados pelos produtores, os cooperados da Cooxupé já venderam 82% da safra 2023 e anteciparam 18% da comercialização do café que ainda será colhido em 2024.

Sede de da Cooxupé, em Minas Gerais (Foto: Divulgação)

“O café acima de US$ 200 por saca já paga nossas contas. Antecipar parte das vendas com alguma margem tira a pressão de venda dos produtores. Hoje, a dinâmica de negócios está diferente”, diz Luiz Fernando dos Reis, superintendente comercial da cooperativa.

A dinâmica a qual o executivo se refere é a de compra por parte da indústria. Segundo ele, as elevadas taxas de juros fizeram com que as torrefações reduzissem seus estoques e evitassem carregar grandes volumes do grão por muito tempo.

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Nas exportações, a Cooxupé estima que os estoques estejam nos menores níveis já registrados. Assim, as compras têm ocorrido praticamente todos os meses, em um mercado onde a oferta e a demanda se mostram bastante ajustadas.

Apesar das boas perspectivas para o ano, os problemas logísticos causados pelas guerras na Europa e pelos ataques no Mar Vermelho, ainda preocupam o setor. Segundo Melo, 85% dos navios que entraram no Porto de Santos em janeiro estavam atrasados. Em fevereiro, o cenário melhorou, mas 75% das embarcações atracaram fora do tempo esperado.

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