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Consumidor do mercado livre de energia poderá acompanhar preços em tempo real

"Atualmente a geração atende a carga, mas no futuro a carga vai atender a geração”, diz executivo da Cemig

Agência Eixos

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A digitalização das redes elétricas vai trazer mudanças nos hábitos dos consumidores, que vão poder passar a acompanhar os preços em tempo real, segundo o vice-presidente de comercialização da Cemig, Dimas Costa.

No mercado livre, os clientes têm informações detalhadas sobre preços e horários mais vantajosos para o consumo. A abertura desse mercado trará mudanças significativas para os consumidores.

Como sua empresa pode aproveitar o mercado livre de energia

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“No futuro, você vai ter um smart grid e um medidor inteligente. A pessoa vai entrar em um aplicativo de celular e ver qual é o preço praticado. O cliente vai direcionar o seu consumo para os horários em que for conveniente. Ou seja, atualmente a geração atende a carga, mas no futuro a carga vai atender a geração”, diz Costa.

Os medidores mais modernos permitem fazer cortes ou religamentos de forma remota. Além disso, também fornecem mais dados sobre os hábitos dos clientes. Assim, será possível entender a dinâmica dos preços e aproveitar a geração de energia mais barata.

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“Entre meio-dia e 14 horas, a geração fotovoltaica está gerando muita energia. Às 16h, cai vertiginosamente, porque o sol vai diminuindo. Em alguns dias, a solar é 33% da nossa carga”, afirma Costa sobre a variação dos preços da energia ao longo do dia.

Atualmente, todos os clientes do mercado livre da Cemig têm medidores inteligentes, o que ajuda nas previsões de consumo. No caso de consumidores cativos,  a maioria dos medidores é analógico e apenas 25% dos relógios estão atualizados.

A parte de comercialização de energia da Cemig no mercado livre tem uma carteira de clientes espalhada por todo o Brasil. Embora esteja sediada tradicionalmente em Minas Gerais, 50% dos consumidores atendidos pela empresa são de outros estados. 

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Entre os clientes com contratos fechados com a comercializadora, estão representantes de setores variados. A Cemig lida com indústrias de siderurgia, automobilística, mineração e shoppings centers, além dos pequenos comércios, que passaram a optar pela migração ao mercado livre em janeiro de 2024.

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Pressão das distribuidoras

Em relação às reclamações de comercializadores independentes sobre práticas de concorrência desleal dos grupos de comercialização que também têm distribuidoras, o executivo garante que a Cemig não compactua com essas práticas.  

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“Algumas distribuidoras dificultam a venda do cliente. ‘Você tem que migrar comigo’, ‘eu posso te migrar antes, porque tem que respeitar um prazo legal’. há sim uma pressão por parte de algumas, que não é nem ético, nem correto”, diz. 

Dimas Costa, vice-presidente de comercialização da Cemig (Crédito: Divulgação)

Embora a distribuidora pertença ao mesmo grupo empresarial, o executivo afirma que não há qualquer tipo de compartilhamento de leads. Costa conta que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou uma fiscalização na Cemig e não encontrou irregularidades.

“Se eu tivesse acesso aos da distribuidora, eu não precisaria fazer convênio com a Federação das Indústrias de Minas Gerais, com a Fecomércio, com o Câmara de Dirigentes Lojistas, com o Sesc, Senai, indústria hoteleira, restaurantes, sindicatos de hospitais, sindicatos de ensino, dentro e fora de Minas”, afirmou.

Cada uma dessas entidades, segundo Costa, é remunerada pelas indicações que oferece. 

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