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ConocoPhillips vai comprar a Marathon Oil em negócio de US$ 17 bilhões

Acordo amplia a grande onda de compras entre os maiores players da indústria de petróleo e gás dos EUA

Bloomberg

Logo da Marathon Oil no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)
Logo da Marathon Oil no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)

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A ConocoPhillips concordou em adquirir a Marathon Oil em um acordo de ações que avaliou a empresa em cerca de US$ 17 bilhões, ampliando uma grande onda de compras entre os maiores players da indústria de petróleo e gás dos EUA.

A medida expande a presença da ConocoPhillips em campos de xisto nos EUA, do Texas ao Dakota do Norte, e transfere as reservas da empresa para lugares tão distantes como a Guiné Equatorial. A aquisição se soma a uma onda de meganegócios recentes, à medida que os produtores procuram novos locais de perfuração, apostando que a procura de petróleo e gás permanecerá robusta nos próximos anos.

O acordo de aquisição representa um prêmio de 14,7% em relação ao último preço de fechamento das ações da Marathon, disseram as empresas em comunicado nesta quarta-feira (29). O negócio tem um valor empresarial de US$ 22,5 bilhões.

A ConocoPhillips se junta aos principais perfuradores que buscam o crescimento da produção por meio de aquisições recentes. Em outubro, a Exxon Mobil acelerou o ritmo de consolidação da Bacia do Permiano, nos EUA, com um acordo de US$ 62 bilhões para a Pioneer Natural Resource. O negócio foi seguido no final deste mês pelo acordo da Chevron para comprar a Hess por cerca de US$ 53 bilhões.

A ConocoPhillips já tinha se expandido no Permiano nos últimos anos por meio da aquisição da Concho Resources por US$ 13 bilhões e de uma compra de ativos da Shell na região por US$ 9,5 bilhões.

O acordo da ConocoPhillips se destaca, em alguns aspectos, de outras aquisições recentes que remodelam a zona petrolífera dos EUA. Embora as aquisições da Exxon e de outras empresas tenham se concentrado principalmente no alinhamento de futuros locais de perfuração, a aposta da ConocoPhillips na Marathon tem mais a ver com a redução de custos nas antigas bacias de xisto de Eagle Ford e Bakken, afirmaram analistas do Citigroup.

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As ações da ConocoPhillips caíram 2,3% quando as negociações foram abertas em Nova York. A Marathon ganhou 11%.

Embora menor do que os enormes acordos celebrados pela Exxon e pela Chevron, a aquisição da ConocoPhillips ainda é poderá enfrentar o escrutínio antitruste da Comissão Federal do Comércio dos EUA, que tem demonstrado um interesse mais ativo em fusões empresariais sob a presidência de Lina Khan. A agência não contestou o acordo da Exxon, mas apenas com a condição de que o cofundador da Pioneer, Scott Sheffield, fosse excluído do conselho da nova empresa.

A Devon Energy manteve negociações com a Marathon no ano passado sobre uma possível combinação, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News na época.

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A ConocoPhillips espera que a aquisição adicione recursos totalizando 2 bilhões de barris ao seu estoque.

A empresa prevê o fechamento do negócio no quarto trimestre, dependendo das aprovações regulatórias. Após esse ponto, a ConocoPhillips afirma que as suas recompras de ações ultrapassarão os US$ 20 bilhões nos próximos três anos, com mais de US$ 7 bilhões no primeiro ano completo, assumindo os preços recentes das matérias-primas.

A empresa também planeja aumentar seu dividendo base ordinário em 34%, para 78 centavos de dólar por ação, a partir do quarto trimestre.

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A Evercore foi o consultor financeiro da ConocoPhillips no negócio, e o Wachtell, Lipton, Rosen & Katz é o consultor jurídico da empresa. Morgan Stanley e Kirkland & Ellis assessoraram a Marathon.

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