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A SpaceX de Elon Musk ganhou um competidor considerado “pequeno, mas determinado” na Nova Zelândia. O fundador da Rocket Lab USA, que tem sede em Long Beach, Califórnia, viu sua fortuna chegar ao primeiro bilhão de dólares na sexta-feira (15), segundo a Forbes. A alta acompanha a disparada de 300% nas ações da companhia no último ano.
A empresa desenvolve e lança foguetes, satélites e outras espaçonaves para clientes governamentais e comerciais. A participação de 10% de Peter Beck, o fundador, agora vale quase US$ 970 milhões. Além disso, estima-se que ele tenha quase US$ 65 milhões provenientes da venda de ações da empresa ao longo dos anos.
Com quase US$ 245 milhões de receita em 2023, valor muito inferior ao da SpaceX, Beck vê sua empresa como uma concorrente sólida da companhia de Elon Musk.
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“A SpaceX é a maior empresa espacial do mundo e acho que as pessoas estão começando a entender que a Rocket Lab está parecendo que vai se tornar a número dois,” ele disse à CNBC em uma entrevista na quinta-feira. “À medida que essas duas empresas começam a parecer cada vez mais semelhantes, não é surpreendente que a diferença de avaliação comece a diminuir ao longo do tempo.”
Com quase US$ 245 milhões de receita em 2023, valor muito inferior ao da SpaceX, Beck vê sua empresa como uma concorrente sólida da companhia de Elon Musk.
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“A SpaceX é a maior empresa espacial do mundo e acho que as pessoas estão começando a entender que a Rocket Lab está parecendo que vai se tornar a número dois,” ele disse à CNBC em uma entrevista nesta quinta-feira (21). “À medida que essas duas empresas começam a parecer cada vez mais semelhantes, não é surpreendente que a diferença de avaliação comece a diminuir ao longo do tempo.”
No dia 13, as ações da companhia subiram quase 30% após o anúncio de previsão de receita recorde de US$ 125 milhões a US$ 135 milhões para o quarto trimestre de 2024. A companhia também anunciou um acordo de múltiplos lançamentos com um operador de constelação de satélites comerciais para um veículo de lançamento maior e mais reutilizável, chamado Neutron, que a Rocket Lab vem desenvolvendo desde 2021, além de uma proposta com a NASA para recuperar amostras de Marte e trazê-las de volta à Terra.
O dono da companhia é um engenheiro aeroespacial de 47 anos que começou a trabalhar em 1993 na Fisher & Paykel, uma fabricante de eletrodomésticos. Lá, Beck, que não fez faculdade, subiu em funções de engenharia, design de máquinas de produção e de produtos por 10 anos. A construção de foguetes era uma tarefa que ele realizava em seu tempo livre. Em 2003, o engenheiro passou a atuar com pesquisa do governo da Nova Zelândia, até sair três anos depois para lançar a Rocket Lab em 2006.
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A companhia abriu capital em agosto de 2021, ao se fundir com uma empresa de aquisição. O negócio foi avaliado em US$ 4,1 bilhões, um salto de 200% em relação ao valor que a companhia foi estimada em 2018, em sua última rodada de captação de investimento privado.
A fama, no entanto, veio em 2009, quando lançou o primeiro foguete desenvolvido comercialmente a alcançar o espaço a partir do Hemisfério Sul. O lançamento foi realizado na costa da Nova Zelândia. A mudança para os EUA veio em 2013 e, no ano seguinte, a Rocket Lab passou a desenvolver seu veículo de lançamento, Electron. De 2017, ano de sua viagem inaugural, até hoje, o Electron lançou 197 pequenas espaçonaves em órbita em 49 missões.
O CEO mantém sua participação nas ações da companhia, após vender US$ 10 milhões em transação secundária privada em 2019 e US$ 20 milhões como parte da fusão com a SPAC em 2021. No ano passado, Beck vendeu mais 1% por quase US$ 20 milhões. Desde então, os papéis triplicaram de preço e atingiram o recorde de US$ 19,00 por ação no fechamento do mercado na sexta-feira.