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A produção de açúcar do Brasil deverá atingir um recorde de 46,29 milhões de toneladas na safra 2024/25, com crescimento de 1,3% ante o volume do ciclo anterior, que havia sido o maior já visto. O aumento da produção ocorre mesmo diante da expectativa de uma safra de cana-de-açúcar menor, disse a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu primeiro levantamento para a nova temporada.
A safra de cana do país foi estimada em 685,86 milhões de toneladas, queda de 3,8% ante a máxima histórica da temporada passada, devido aos baixos índices pluviométricos aliados a altas temperaturas na região centro-sul, que causaram perdas na produtividade.
O ligeiro aumento na produção nacional de açúcar, com maior direcionamento de cana para o adoçante em relação ao etanol, deverá ocorrer principalmente com alta na fabricação em Minas Gerais (589 mil toneladas), Mato Grosso do Sul (116,5 mil toneladas), Goiás (107 mil toneladas), além dos Estados do Nordeste (228 mil toneladas), enquanto no grande produtor brasileiro (São Paulo) o volume deverá cair 533,6 mil toneladas ante o ciclo passado, para 27,7 milhões de toneladas.
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“Quando comparada com a safra 2023/24, com exceção da região Norte, Mato Grosso e São Paulo, apesar do maior direcionamento de cana-de-açúcar para a produção do adoçante em relação ao etanol, observa-se crescimento na produção de açúcar”, disse a Conab.
No centro-sul brasileiro, região que responde pela maior parte da produção de cana, a safra foi estimada em 625,4 milhões de toneladas, redução anual de 4,2%, com a produtividade caindo 8,3%, para 80,8 toneladas por hectare.
A queda esperada na safra de cana brasileira só não deve ser maior porque a área plantada de todo o país crescerá 4,1%, para 8,67 milhões de hectares, a maior desde a temporada 2017/18 (8,7 milhões de hectares), estimou a Conab.
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Produtores foram estimulados a expandir o plantio e a renovação dos canaviais, disse a Conab, uma vez que a exportação de açúcar do Brasil tem sido impulsionada por preços internacionais sustentados, após problemas climáticos em países como a Índia.
“O mercado favorável justifica esse valor, colocando, a atual safra, como a maior produção de açúcar da série histórica da Conab”, disse a estatal em relatório. A estatal citou que a Índia, segundo maior produtor de açúcar, vem enfrentando condições climáticas adversas, culminando em queda na produção.
“Mesmo sendo historicamente um exportador, o país indiano está agora enfrentando a perspectiva de importações de açúcar devido à diminuição da produção…, cenário que beneficia o produto brasileiro.”
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Segundo a Conab, a produtividade média nacional está estimada em cerca de 79 toneladas por hectare, 7,6% abaixo da obtida na safra anterior, que foi favorecida pelas boas condições climáticas.
Já a produção total de etanol, somados os volumes produzidos a partir da cana-de-açúcar e do milho, deverá cair 4% em relação à safra anterior, para 34,18 bilhões de litros. No caso do etanol oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, observa-se uma redução de 8%, para 27,3 bilhões de litros, com as usinas destinando mais matéria-prima para a produção do adoçante.
Já o derivado de milho apresenta crescimento de 16%, para 6,86 bilhões de litros, com a produção do país em quase sua totalidade no centro-sul. No centro-sul, a produção total de etanol (de cana e milho) foi estimada em cerca de 32 bilhões de litros, também um recuo de 4%. A fabricação de etanol de cana na região cairá mais, ou 8,4%, para 25,1 bilhões de litros.
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