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Como empresa tradicional de impressão cresceu apesar de digitalização e pandemia

Após faturar R$ 800 milhões no primeiro semestre, Simpress projeta faturamento recorde em 2024

Iuri Santos

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Com uma receita bruta de R$ 800 milhões no primeiro semestre do ano, a Simpress cresce 12% na comparação com o mesmo período de 2023 e caminha para fechar 2024 com cifras acima de R$ 1 bilhão, impulsionada pelo negócio de terceirização de hardware para grandes empresas.

Mas essa história bilionária poderia ter sido bem diferente.

Há 23 anos no mercado, a companhia se tornou um dos grandes players na terceirização de equipamentos para impressão, até hoje sua principal linha de receita. Quando, na pandemia, as centenas de folhas de papel impressas diariamente nos escritórios se tornaram arquivos digitais no home office, a companhia viu o número de páginas impressas por cada uma de suas máquinas, em média, ao mês, cair para menos de 2 mil, contra um valor de aproximadamente 2,7 mil no ano de 2019. Só que seu faturamento só cresceu.

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“Em 2020, crescemos em relação a 2019, mesmo com todo esse impacto do home office. Duplicamos o tamanho da empresa em dois anos, praticamente. Atingimos o primeiro bilhão de faturamento em 2021, contra R$ 660 milhões em 2019”, diz Vittorio Danesi, CEO da Simpress. A empresa teve uma receita de R$ 1,5 bilhão em 2023.

Antes mesmo do home office na pandemia, a digitalização já vinha impactando o mercado de impressão — a quantidade de páginas impressas por equipamento chegou a ser de 3,4 mil páginas por volta de 2014. Em vista desse movimento, a empresa começou a se preparar para criar novas verticais de negócio inspiradas em seu modelo tradicional.

“Em 2019 nós já havíamos percebido que na verdade éramos uma empresa de outsourcing de qualquer tipo de equipamento de TI. Qualquer infraestrutura de processos, serviços e vendas, era uma infraestrutura que poderíamos usar para outros hardwares”, afirma Danesi. Para ele, a ideia foi mais que adequada para um momento em que executivos aumentavam a demanda por terceirização.

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Até hoje, aproximadamente 90% dos gastos com equipamentos de computação são capex — isto é, investimentos em capital imobilizado. Na avaliação de Danesi, cada vez mais, empresas têm passado a ver com melhores olhos a alternativa de aluguel para seus contingentes de hardware. No jargão contábil, “transformar capex em opex” — investimentos operacionais para manutenção de infraestrutura.

Com um negócio de terceirização de notebooks e dispositivos móveis, como celulares e tablets, já rodando em 2019, a empresa se beneficiou do aumento na demanda por esse tipo de equipamento para o home office. Se apenas 10% dos gastos com hardware se dão pela prestação de serviços, 40% do faturamento da Simpress estão nessa linha. Em comparação, cerca de 80% da gestão de impressões é terceirizada.

Na linha de hardware, a companhia terceiriza os equipamentos, garante manutenções e substituições em caso de falhas ou danos. Parte do discurso da empresa é que sua atuação central justamente no serviço de terceirização reduz a carga de trabalho das áreas de TI sobre a gestão do patrimônio.

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Embora o fornecimento de notebooks para escritórios seja um exemplo óbvio da atuação da empresa, Danesi cita ainda as possibilidades com mobilidade, como o fornecimento de tablets e celulares para grandes companhias de logística ou com força de vendas.

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Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.