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Com novo CEO, Valid quer reforçar presença no mercado de chips virtuais para celular

Quinta maior fabricante de sim cards físicos do mundo almeja ter fatia semelhante no segmento de cartões "eSIM"

Mitchel Diniz

Ilson Bressan, CEO da Valid (Divulgação)
Ilson Bressan, CEO da Valid (Divulgação)

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O segmento mobile foi um detrator de receitas da Valid (VLID3) nos três primeiros meses de 2024. O faturamento da unidade (de R$ 99 milhões) foi 36,5% menor que um ano antes, quando a escassez global de chips impulsionou volumes e preços. De acordo com Ilson Bressan, que assumiu como CEO em abril, a fornecedora de tecnologia e identificação passa por uma “normalização da dinâmica” desse mercado e a previsão é de que os números melhorem já a partir do segundo trimestre, puxados por uma tendência de digitalização. 

“Devemos começar a ver uma aceleração das receitas digitais. Nosso chip físico, o sim card que a gente usa no nosso celular, vai passar a ser usado gradualmente na versão do eSIM, tecnologia na qual estamos bem posicionados globalmente”, afirmou o executivo, em entrevista ao Por Dentro dos Resultados, do InfoMoney

Mercado bilionário

O mercado global de eSIM terminou o ano de 2023 avaliado em US$ 1,22 bilhão, de acordo com a consultoria Fortune Business Insights. O mesmo estudo aponta que esse valor deve chegar a US$ 6,29 bilhões em 2032. Uma outra consultoria, a Juniper Research, menciona a Valid como uma das quatro maiores provedoras em potencial dessa tecnologia no mundo.  

Hoje a empresa se apresenta como a quinta maior produtora global de sim cards físicos – fabricou 269 milhões de unidades em 2023 e outras 46,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. 

“Se a gente repetir nossa performance de market share global de 10% também no eSIM, vamos ver essas receitas migrando muito naturalmente nos próximos trimestres, semestres e anos”, afirma Bressan. 

“Temos aqui o software para vender às operadoras que fazem a gestão do modelo de eSIM como também temos um modelo de software de homologação para os fabricantes de aparelhos celulares”, complementa o executivo.

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No tempo da aderência

A aderência ao eSIM tende ser impulsionada por smartphones e outros dispositivos “eSIM-only”, que não possuem mais slots (entradas) para chips físicos, como é o caso dos últimos modelos do iPhone nos Estados Unidos.  

“Vemos uma adoção mais rápida nas operadoras de telecom dos Estados Unidos. […] Na Europa, é um pouco mais lento e, na América Latina, mais ainda”, explica o executivo. 

Bressan diz que a velocidade de adoção do eSIM não está nas mãos da companhia.

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“O que está no nosso controle é o desenvolvimento do produto, a eliminação de eventuais gargalos de tecnologia e homologações necessárias junto a operadoras e fabricantes. Todo esse trabalho de base, a gente vem fazendo desde 2022”, diz. 

O CEO da Valid diz que a empresa vendeu mais de 120 plataformas de gestão do eSIM em 2023.  

“À medida que o mercado for migrando, vamos ver esses números impactando nossas demonstrações de resultados. Nosso posicionamento é muito competitivo nessa frente de transição digital, do sim card físico para o eSIM”, conclui. 

Mitchel Diniz

Repórter de Mercados