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CEO do Telegram é acusado por suposto uso criminoso do aplicativo

Executivo russo foi acusado de cumplicidade na disseminação de imagens sexuais de crianças, entre outros crimes

Bloomberg

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Pavel Durov, CEO do Telegram, foi acusado na França por cumplicidade na disseminação de imagens sexuais de crianças e outros crimes, como tráfico de drogas, no aplicativo de mensagens.

As acusações contra Durov retratam uma plataforma quase sistematicamente não cooperativa com as autoridades e também incluem alegações de que ele se recusou a ajudar as autoridades a realizar escutas legais em suspeitos, disseram os promotores de Paris em um comunicado na quarta-feira (28).

As acusações surgiram após o executivo de 39 anos ser detido no aeroporto de Le Bourget, ao norte de Paris, no sábado (24), após desembarcar de um jato particular. Na quarta-feira, Durov também foi ordenado a pagar € 5 milhões em fiança e está proibido de deixar a França, de acordo com o comunicado.

A promotora de Paris, Laure Beccuau, afirmou que, embora o Telegram aparecesse em numerosos casos relacionados a crimes contra menores, tráfico de drogas ou ódio online, suas equipes notaram a “quase completa” falta de resposta da plataforma a pedidos legais de cooperação. Uma situação semelhante foi observada em países vizinhos, incluindo a Bélgica.

“Isso levou a JUNALCO a abrir uma investigação sobre a possível responsabilidade criminal dos executivos do aplicativo de mensagens na comissão desses delitos”, disse Beccuau, referindo-se à sua unidade focada em crimes organizados.

Em um comunicado divulgado no Telegram no domingo, a empresa com sede em Dubai afirmou que Durov não tem “nada a esconder” e que o aplicativo cumpre as leis europeias.

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“É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma”, declarou o comunicado. “Estamos aguardando uma resolução rápida dessa situação.”

A atitude laissez-faire de Durov em relação à regulamentação transformou o Telegram em um gigante, mas também o colocou em conflito com os governos por ignorar repetidamente os pedidos para moderar melhor o conteúdo em sua plataforma.

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