Conteúdo editorial apoiado por

CEO da Caliber: deepfake pode gerar perdas de R$ 40 bi para empresas

Em painel no Aberje Trends, evento que teve o InfoMoney como media partner, Shahar Silbershatz alertou para que companhias se previnam contra golpes do tipo

Equipe InfoMoney

Publicidade

Imagine um colaborador de uma multinacional persuadido a desembolsar cerca de R$ 124 milhões, apenas para descobrir que a ordem não veio do CFO, como ele acreditava, mas de golpistas que usaram inteligência artificial (IA) em uma videoconferência. Este golpe que utiliza deepfake – técnica que permite alterar imagens ou vídeos para imitar o rosto de outra pessoa – aconteceu no início do ano, em Hong Kong.

O caso foi apresentado por Shahar Silbershatz, CEO da Caliber, consultoria em gestão de reputação, durante a 8ª edição do Aberje Trends (25), em São Paulo, que teve o InfoMoney como media partner, como exemplo do principal perigo reputacional que as empresas devem enfrentar nos próximos anos.

Shahar Silbershatz, CEO da Caliber, consultoria em gestão de reputação, durante a 8ª edição do Aberje Trends (25), em São Paulo. Crédito: Divulgação

Durante painel, o executivo destacou que a maior ameaça à reputação das empresas está diretamente ligada à IA, caso não aprendam a utilizar o recurso a seu favor. “À medida que a inteligência artificial apresenta mais riscos, é essencial entender seu funcionamento para combater a IA negativa com uma versão positiva”, afirmou.

Continua depois da publicidade

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Para o executivo, a gestão da reputação está muito mais desafiadora hoje do que antes da pandemia. Isso se deve à necessidade de uma gestão mais aprofundada, utilizando ferramentas e métricas de análise. “Hoje, as expectativas são muito maiores, pois vivemos em um momento muito mais polarizado do que no passado. Portanto, entendemos que a IA é um grande ativo na gestão da reputação e já possibilita engajar partes interessadas mais rapidamente”, explicou.

Segundo Shahar, o desconhecimento dessa tecnologia pode resultar em prejuízos de mais de US$ 40 bilhões para as empresas nos próximos anos. “O deepfake está aqui para ficar, e a principal solução para evitar danos irreparáveis é o investimento em ferramentas de monitoramento de dados em diversas plataformas de comunicação corporativa, como imprensa, websites e redes sociais”, concluiu.

Continua depois da publicidade

A 8ª edição do Aberje Trends contou com o patrocínio da BASF, Bayer, Engie, Gerdau, Itaú, Latam, Arcos Dourados (McDonald’s), Novo Nordisk e Stellantis, além do apoio da CPFL Energia, Prospectiva Public Affairs LAT.AM, P3K e Tetra Pak.