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O Brasil está na terceira posição entre os países da América do Sul num índice prontidão para a inteligência artificial elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A relação regional é liderada pelo Chile, seguido do Uruguai.
De acordo com o ranking, o Chile tem um índice de 0,59, acima dos 0,55 obtidos pelos uruguaios e dos 0,50 do Brasil. A lista coloca na sequência Peru e Colômbia empatados com 0,49, e acima de Argentina (0,47), Equador (0,44), Suriname e Guiana (0,42) e Paraguai (0,41). Bolívia (0,38) e Venezuela (0,27) estão nas últimas posições no continente.
A região este bem distante dos líderes do ranking, que são os países nórdicos e os Estados Unidos e Canadá, com valores entre 0,75 e 0,77 pontos. A China está um pouco abaixo, com 0,64.
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O FMI destaca em seu blog que a inteligência artificial pode aumentar a produtividade, impulsionar o crescimento econômico e elevar a renda das nações, mas que também pode eliminar milhões de empregos e aumentar a desigualdade.
“Nossa pesquisa já mostrou como a IA está pronta para remodelar a economia global. Isso pode colocar em risco 33% dos empregos em economias avançadas, 24% em economias emergentes e 18% em países de baixa renda”, diz o FMI.
O Fundo adverte que a inteligência artificial também possui um enorme potencial para aumentar a produtividade dos empregos existentes, se tornando uma ferramenta complementar até para criar novas indústrias.
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Outro ponto citado é que a maioria das economias de mercado emergentes e países de baixa renda têm menores parcelas de empregos altamente qualificados do que as economias avançadas. Portanto, provavelmente serão menos afetadas e enfrentarão menos interrupções imediatas por conta da IA.
No entanto, muitos desses países não têm a infraestrutura ou a força de trabalho qualificada necessária para aproveitar os benefícios da inteligência artificial, o que pode piorar a desigualdade entre as nações.
O Índice de Preparação para IA (AIPI, na sigla em inglês) avalia o nível de prontidão para IA em 174 países, com base em um conjunto de indicadores macroestruturais que abrangem a infraestrutura digital dos países, o capital humano e as políticas do mercado de trabalho, inovação e integração econômica, regulação e ética.
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O Fundo sugere aos formuladores de políticas das economias avançadas que expandam as redes de segurança social, invistam na formação de trabalhadores e priorizem a inovação e a integração de IA.
“Coordenando-se uns com os outros globalmente, esses países também devem fortalecer a regulamentação para proteger as pessoas de potenciais riscos e abusos e construir confiança na IA”, recomenta o FMI.
Já a prioridade política para os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento deve ser a criação de uma base sólida, investindo em infraestruturas digitais e formação digital para os trabalhadores.
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