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A Bradesco Asset iniciou nesta quarta-feira a negociação de seu primeiro Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro). A expectativa da gestora era captar R$ 320 milhões, mas foram levantados R$ 193 milhões.
Uma das razões apontadas foi a grande disponibilidade de ofertas realizadas na mesma janela de captação. Além disso, a opção pela modalidade de um Fundo de Investimento de Direitos Creditórios (FDIC) acabou tornando o Fiagro menos óbvio, em comparação aos já disponíveis no mercado – enquadrados, em sua maioria, como FII.
“Para atuar no agronegócio, buscamos diversificação e um duration [prazo de liquidação das operações] mais curto. Em operações mais longas, você acaba ficando mais exposto aos riscos da safra”, disse Eduardo Junqueira, gerente da área de crédito estruturado da Bradesco Asset.
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Outra característica do Fiagro é o início do pagamento dos dividendos. Os investidores receberão os primeiros retornos após sete meses, prazo médio de uma safra agrícola. Após esse tempo, os pagamentos passam a ser mensais, comuns à indústria.
Para lançar seu Fiagro a Bradesco Asset se uniu à Farmtech, uma fintech que atua na gestão de crédito para o agronegócio, viabilizando operações para os produtores. Basicamente, a startup vai analisar a qualidade dos títulos que farão parte do portfólio do fundo.
“Vamos atuar financiando a cadeia do agro, adquirindo recebíveis de revendas e empresas de insumos para compor o fundo. Isso nos dá mais liberdade para atuar melhor dentro da indústria do agro”, disse Junqueira.
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Segundo o executivo, o Fiagro terá como foco principal as lavouras de soja e milho. Pelo perfil do fundo, o ticket médio das operações deve girar entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, o que permite acessar não apenas os grandes produtores, mas também os de médio porte, garantindo diversidade e reduzindo riscos.
“Dessa forma, conseguimos reduzir o risco de perdas acentuadas no portfólio”, afirmou o gestor.