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Boeing emite orientações para companhias aéreas sobre inspeção do 737 MAX-9

Movimento indica primeiro passo da empresa para que modelo possa voltar a operar

Bloomberg

Parte traseira do Boeing 737 MAX (Bloomberg)
Parte traseira do Boeing 737 MAX (Bloomberg)

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A Boeing deu o primeiro passo para colocar seus jatos 737 MAX-9 de volta aos ares. A companhia emitiu orientações às empresas aéreas sobre as inspeções exigidas após uma falha no fim de semana abalar novamente a confiança em relação ao modelo.

A mensagem, conhecida como multi-operadora, fornece instruções detalhadas sobre as etapas a serem tomadas antes de uma eventual retomada dos voos, após a Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês) impor a proibição do uso do 737 MAX.

“As aeronaves Boeing 737-9 permanecerão aterradas até que os operadores concluam inspeções aprimoradas, que incluem plugues de saída das portas esquerda e direita da cabine, componentes das portas e fixadores”, disse a FAA em um comunicado. “Os operadores também devem cumprir os requisitos de ações corretivas com base nas conclusões das inspeções antes de colocar qualquer aeronave de volta ao serviço.”

O sinal verde para inspecionar os aviões marca um progresso concreto para a Boeing depois que o acidente retardou os esforços do CEO Dave Calhoun para superar uma série de problemas de qualidade no 737 MAX.

Alaska Air e United Airlines, as duas maiores operadoras da variante 737 MAX, haviam dito anteriormente que estavam aguardando essas orientações para seguir os próximos passos As transportadoras suspenderam centenas de voos enquanto aguardavam autorização para trazer os aviões de volta a suas bases.

O acidente ocorreu quando um painel em forma de porta se rompeu quando o voo 1282 da Alaska Airlines saiu de Portland, Oregon. A aeronave atingiu uma altitude de cerca de 16.000 pés antes de virar e pousar em Portland cerca de 20 minutos após a decolagem. Ninguém ficou gravemente ferido, um resultado que a presidente do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, Jennifer Homendy, disse que foi pura sorte.

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O último incidente, ocorrido após uma série de falhas de fabricação e qualidade na Boeing, corrói a confiança nascente que vem crescendo em torno do robusto jato de corredor único da empresa, disse Ron Epstein, analista do Bank of America.

“Em nossa opinião, a Boeing precisa caminhar com cuidado e cautela neste potencial campo minado de reputação”, disse ele em nota aos clientes no domingo. “Algum escrutínio também deve ser reservado para os reguladores, já que a FAA é a responsável final pela certificação dessas aeronaves antes da entrega.”

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