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Banco da Amazônia oferece crédito para acesso à energia fotovoltaica

Para contribuir com o meio ambiente, facilitar a vida das pessoas e reduzir custo das empresas, instituição divulga linha acessível para pessoa física e empresas na região Norte

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Contribuição para a sustentabilidade e redução de custos com energia estão entre os atrativos da energia solar, segmento que já responde por quase um quinto da matriz energética brasileira. O setor registra crescimento anual de cerca de 23% na capacidade instalada e deve alcançar uma marca de 68 GW nos próximos cinco anos, de acordo com estimativas da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Apesar do potencial, ainda há travas importantes que impedem o segmento de deslanchar mais rapidamente em algumas regiões do país.

Na região Norte, uma das que mais cresce em demanda pela energia limpa, há uma demanda reprimida. “O acesso ao financiamento é mais difícil do que nas regiões mais desenvolvidas, seja pelo conhecimento da população, seja pelas próprias condições logísticas enfrentadas para suprimento de materiais, pois em muitas localidades há espera de até seis meses pela entrega de equipamentos”, diz Luiz Lessa, presidente do Banco da Amazônia.

Justamente para atender esse público, o Banco da Amazônia (BASA), principal agente do Governo Federal na Amazônia para implementação de políticas públicas na região, oferta linhas de crédito para pessoas físicas e empresas de todos os portes. São empréstimos específicos para a instalação de sistemas fotovoltaicos e para a aquisição de veículos verdes, híbridos ou movidos a energias renováveis, incluindo a infraestrutura de carregamento. Tudo com taxas de juros competitivas no mercado. “São soluções de financiamento desenhadas para serem pagas ao longo de vários anos, contando ainda com período de carência, o que torna o investimento em energia solar uma realidade para um público mais amplo”, diz o executivo.

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O banco conta com várias opções para incentivar o uso da energia limpa, como por exemplo, as linhas do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, FNO – Amazônia Empresarial Verde e o FNO-Energia Verde direcionadas para o financiamento de projetos voltados para a implementação, aprimoramento e fortalecimento de sistemas de micro e minigeração de energia. O executivo explica que o banco começou a oferecer financiamento de crédito para energia fotovoltaica em 2019, como parte da estratégia de promover sustentabilidade ambiental, mas recentemente o acesso ao crédito, tanto para projetos rurais quanto urbanos, foi simplificado.

Os clientes da instituição podem realizar simulações de financiamento por meio do aplicativo simulador de crédito FNO do Banco da Amazônia. No caso de projetos rurais, o benefício inclui um prazo de pagamento de até 12 anos, com carência de até quatro anos incluída nesse período, e taxas de juros a partir de 6,82% ao ano. Já para áreas urbanas, tanto para pessoas físicas quanto para empresas, o prazo vai até 10 anos, com taxas de juros a partir de 8,66% ao ano. Além disso, os clientes têm a oportunidade de financiar até 100% do valor do projeto.

O processo para contratação dos financiamentos é relativamente simples e envolve algumas etapas principais como: apresentação de documentos para cadastro, abertura de conta, aprovação de limite de crédito com base em avaliação de risco, apresentação de projeto técnico, avaliação de viabilidade econômica e ambiental, além da capacidade de pagamento, contratação e liberação do crédito. O público-alvo inclui tanto pessoas físicas quanto jurídicas, na cidade ou no campo e de todos os portes, com prioridade e condições especiais para os pequenos e médios. “Atendemos desde os microempreendedores até as grandes indústrias, oferecendo condições de prazos e taxas que nenhuma outra Instituição Financeira tem para esse produto”, afirma o presidente do banco.

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Investimentos que já são realidade

Para Fernando Buarque, CEO da Casaforte Investimentos, o financiamento foi decisivo para alavancar o negócio. Com o montante, a gestora construiu uma usina em Barcarena, interior do Pará, que tem capacidade para atender cerca de 18% do consumo residencial da população do município. “Também estamos na fase final da usina de Cametá (PA), que será inaugurada em julho e vai gerar energia limpa suficiente para atender 9% do consumo da cidade”, diz.

Segundo o executivo, o banco financiou R$ 37 milhões para a construção das duas usinas. “Ainda é difícil conseguir acesso à crédito na região com previsibilidade de custo de capital e é fundamental ter um parceiro como o Banco da Amazônia. Com esses dois parques, o impacto ambiental na região é reduzido e é possível conectar a subestação com a cidade para garantir melhor qualidade de energia com preço muito menor”, afirma Buarque.

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Para o presidente do banco, a ideia de promover a energia fotovoltaica é se consolidar como o principal parceiro para a redução da emissão de gases de efeito estufa e para a diminuição da dependência de fontes de energia não renováveis nessa região do país. Além disso, existem outros resultados importantes, como a geração de emprego e renda, contribuição com o clima e melhoria da qualidade de vida. “Ao proporcionar o acesso democratizado a financiamentos que permitem que mais pessoas e empreendedores adotem práticas sustentáveis, impulsionamos o desenvolvimento econômico local de maneira ecologicamente responsável e estamos contribuindo com o futuro das próximas gerações”, diz Lessa.

Motivação para o investimento sustentável

A decisão de investir em energia fotovoltaica foi impulsionada tanto pela percepção do banco, que conta com uma equipe dedicada à pesquisa e utilização de práticas sustentáveis (área de ASG), quanto pela crescente demanda dos empreendedores que buscavam alternativas sustentáveis e econômicas para seus negócios e lares.

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“Oferecer soluções que alinham desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental sempre esteve no foco do BASA. Além disso, nossos estudos de mercado e as publicações técnicas afetas ao Mercado de Energia sempre sinalizaram essa necessidade. Por isso, em alinhamento com as políticas públicas e as melhores práticas socioambientais, o banco implementou essa importante linha de crédito”, diz o executivo.

Para ele, além do ganho monetário, há um significativo ganho de imagem. “Em tempos em que o ESG (Environmental, Social, and Governance) se torna um pilar estratégico importante para o ambiente de negócios, adotar práticas sustentáveis posiciona a empresa como ambientalmente responsável e comprometida com a qualidade de vida da população”, diz.

Para ele, esses são aspectos que atraem investidores, clientes, parceiros e governos que valorizam a matriz socioambiental como diferencial competitivo. “Sem dúvida alguma essa forma de pensar fortalece a reputação das empresas no mercado. Empreendedores que adotam energia fotovoltaica demonstram compromisso com o meio ambiente, com a vida das pessoas e, sobretudo, com a própria margem de lucratividade dos negócios”, finaliza.

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