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Atletas olímpicos e influenciadores competem por curtidas e por medalhas em Paris

Atletas tentam explorar período das Olimpíadas para se conectar com os fãs em plataformas como YouTube, Tik Tok e Instagram

Reuters

Jogadora norte-americana de rugbi Ilona Maher posa para foto durante evento de mídia da equipe dos EUA que vai á Olimpíada de Paris, em Nova York (REUTERS/Andrew Kelly)
Jogadora norte-americana de rugbi Ilona Maher posa para foto durante evento de mídia da equipe dos EUA que vai á Olimpíada de Paris, em Nova York (REUTERS/Andrew Kelly)

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Atletas na busca do ouro olímpico também vão competir por curtidas e seguidores nas redes sociais em Paris, em uma batalha pela disputada fama viral nos Jogos Olímpicos.

Um trabalho extra nas redes sociais diferente de todos os outros vai acontecer nos frenéticos 16 dias a partir do dia 26 de julho, com os atletas olímpicos tentando explorar esse pequeno período para se conectar com os fãs dos Jogos em plataformas como YouTube, Tik Tok e Instagram.

A jogadora de rugby norte-americana Ilona Maher viralizou nas Olimpíadas de Tóquio e hoje conta com mais de um milhão de seguidores no Tik Tok, apesar de atuar em um esporte que gera muito menos interesse do que vários outros nos Estados Unidos.

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A sua companheira de time Ariana Ramsey quer seguir uma trajetória parecida em Paris, com a expectativa que os quatro vídeos diários que ela vai produzir serão capazes de construir a sua persona digital e ajuda-la no desafio de criar a sua própria linha de roupas.  

“Tem muita pressão porque não dá para se planejar para tudo,” disse ela para a Reuters.

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“Posso fazer uma lista de ideias de conteúdo e tentar executa-las lá, mas acho que vai ser mais sobre reagir ao que está acontecendo lá no momento. O que eu posso registrar? O que é relevante?”

Como diversos outros atletas olímpicos que trabalham em segundo ou até terceiro empregos, Ramsey usou as redes sociais para complementar a sua renda, conseguindo acordos com marcas e cobrando cerca de US$ 100 por um reel no Instagram ou US$ 50 para um story na mesma rede social.

Nos anos anteriores, atletas como Ramsey talvez precisassem de um empresário para negociar os acordos com as marcas. Agora, as empresas negociam diretamente.

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“É, sem dúvida, um segundo emprego”, disse Ramsey, que também competiu em Tóquio.

Os atletas não precisam estar no topo da fama para conseguir ganhar tração online, disse à Reuters Kate Johnson, diretora de marketing global da Google para parcerias em esportes, entretenimento e conteúdo.

“Não é preciso ter um nome forte, reconhecido. Você precisa ter algo único para dizer e compartilhar que seja de interesse das marcas”, disse.

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Johnson conquistou a prata como remadora em 2004 e vê o surgimento de oportunidades extraordinárias para atletas desde que ela subiu no pódio olímpico em Atenas.

O YouTube, que é controlado pela Alphabet, do Google, conta com 1 bilhão de visitantes únicos em 2013. Esse número basicamente dobrou em 2022.

“Sinto que preciso prestar um serviço de utilidade pública ao anunciar para os atletas olímpicos que estão completamente focados, treinando, e que não estão prestando atenção em como monetizar esse momento”, disse ela.