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Arezzo e Grupo Soma fecham termos da fusão e devem anunciar negócio nesta segunda

Negociação está bem avançada, mas alguns pontos podem mudar até a assinatura do acordo, disseram fontes ao InfoMoney

Lucinda Pinto Lucas Sampaio

Loja da marca Schutz, da Arezzo. na Madison Avenue, em Nova York, em 19/03/2016 (Foto: Brendan McDermid/Reuters)
Loja da marca Schutz, da Arezzo. na Madison Avenue, em Nova York, em 19/03/2016 (Foto: Brendan McDermid/Reuters)

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A esperada fusão entre as varejistas Arezzo&Co (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) foi acertada neste domingo (4) e deve ser anunciada oficialmente amanhã. Segundo fontes próximas ao negócio, alguns pontos ainda podem mudar até a assinatura do acordo, mas já houve entendimento em torno do principal: a operação vai se dar por meio de troca de ações e os acionistas da Arezzo&Co ficarão com 54% da empresa combinada, enquanto os do Soma passarão a deter 46%.

O Conselho de Administração do Soma se reuniu nesta manhã e a assinatura do contrato pode ser feita ainda hoje, segundo fontes. Como vem sendo noticiado, o acordo prevê que Alexandre Birman, CEO da Arrezo, será nomeado CEO da companhia combinada, e o CEO do Soma, Roberto Jatahy, deve manter-se à frente das marcas da empresa, como parte da nova unidade de negócio.

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A Arezzo é dona de marcas como Schutz, Anacapri, Carol Bassi e Reserva, e o Grupo Soma, de nomes como Animale, Farm, Dzarm e Hering, entre outras. Procuradas, as empresas não quiseram se manifestar.

O negócio ainda deve ser aprovado em assembleia pelos minoritários. Um desses acionistas, ouvido pelo IM Business, acredita que um ponto que pode gerar debate entre os detentores das ações é a ideia de que o negócio seja feito sem prêmio, em cima do preço de tela das companhias.

Para ele, que tem posição nas duas empresas, é possível dizer que os papéis do Soma deveriam ter um prêmio sobre os da Arezzo por algumas razões, como maior oportunidade de crescimento e melhor defesa contra o efeito da MP 1.185, que muda a tributação dos incentivos fiscais da empresa.

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Analistas veem méritos na transação, que será a maior fusão do varejo desde a união da Droga Raia com a Drogasil, em 2011. A fusão também criaria uma das maiores empresas de moda da América Latina, com R$ 12 bilhões em receita, além de sinergias de produtos, que são complementares para os dois lados.

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Lucinda Pinto

Editora-assistente do Broadcast, da Agência Estado por 11 anos. Em 2010, foi para o Valor Econômico, onde ocupou as funções de editora assistente de Finanças, editora do Valor PRO e repórter especial.