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O Bradesco anunciou na tarde desta segunda-feira (27) que Eurico Ramos Fabri, vice-presidente responsável pelo banco de atacado, pediu demissão alegando motivos pessoais e novos desafios. Até o momento, prossegue a instituição, não foi definido um substituto.
Fabri, de 51 anos, entrou na empresa em 2008 e, desde 2017, era membro da diretoria executiva. Atualmente, é chairman da Cielo — o Bradesco é um dos controladores da empresa junto com o Banco do Brasil, com mandato até abril de 2024.
- Leia também: Os desafios do novo CEO do Bradesco
A saída do executivo ocorre no mesmo dia em que o Bradesco aderiu ao acordo da Americanas com seus principais credores — a vertical de atacado do banco da Cidade de Deus (SP) possui a maior dívida da varejista, com cerca de R$ 4,85 bilhões a receber.
A demissão também surgiu poucos dias depois de o Bradesco anunciar uma mudança de CEO que surpreendeu o mercado. A ascensão de Marcelo Noronha, então responsável pelo banco de varejo, no lugar de Octavio de Lazari Jr. rompeu uma tradição do banco de trocar seu presidente-executivo quando este completasse 65 anos — De Lazari Jr. está com 60 anos.
As mudanças ocorrem em meio a trabalho do Bradesco para melhorar sua rentabilidade perante a seus pares. Analistas observam que o Bradesco está com dificuldades para alcançar o desempenho de seu principal concorrente privado, o Itaú, e o do Banco do Brasil.
No terceiro trimestre de 2023, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) da instituição financeira ficou em 11,3%. Ainda que tenha apresentado melhora, a rentabilidade ainda está bem distante dos 21,1% do Itaú e de 21,3% do BB.
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