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A gaúcha Rasip, uma das três maiores produtoras de maçã do país, sabe que será difícil superar, neste ano, os resultados “quase” recorde alcançados em 2023, mas dará início no fim deste mês a uma colheita que tende a mantê-la nos trilhos do crescimento, fortalecido pela tendência de ampliação das exportações.
Parte do grupo RAR, criado por Raul Anselmo Randon há mais de 40 anos, a Rasip sofreu com adversidades climáticas no ano passado e viu sua produção recuar para 55 mil toneladas, ante uma expectativa inicial de 67 mil. Mas a queda foi generalizada, a colheita nacional ficou abaixo de 900 mil toneladas e os preços subiram, o que levou seu faturamento a alcançar R$ 225 milhões, um dos maiores da história.
Agora, segundo Sergio Martins Barbosa, presidente da RAR, as perspectivas indicam que os volumes vão aumentar, mas não tanto a ponto de causar uma queda forte de preços – estimativas apontam para uma safra brasileira entre 950 mil e 1 milhão de toneladas. Assim, disse ele ao IM Business, 2024 deverá ser mais um bom ano para a Rasip, embora ainda seja cedo para traçar previsões mais concretas.
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A maçã representa perto de metade da receita da RAR no agro, que também inclui negócios com queijos, grãos e leite. Essa receita tem crescido cerca de 20% ao ano, e em 2023 chegou a cerca de R$ 500 milhões. Barbosa acredita que esse ritmo de avanço poderá ser mantido em 2024.
De acordo com o executivo, a Rasip vem investindo entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões para elevar a produtividade de seus pomares e garantir a qualidade das frutas. Os recursos são aplicados sobretudo em novas variedades, ações ligadas à sustentabilidade das operações e na modernização de packing houses.
Em 2023, afirmou, um dos destaques foi o plantio de 60 hectares com variedades novas. A produção da empresa é concentrada em Vacaria, em 1,25 mil hectares distribuídos em três fazendas. Uma pequena parte, menos de 5%, está a cargo de produtores terceirizados. As variedades da família Gala representam cerca de 75% da colheita, e as da família Fuji respondem pelos demais 25%.
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A colheita vai começar com as variedades Gala, e do início de março até o início de abril, se concentrará nas Fuji. Barbosa acredita que, no total, a Rasip colherá entre 60 mil e 65 mil toneladas, e as exportações deverão ser o destino de 20% desse volume. A empresa já exportava para dez países, entre os quais Índia, Bangladesh, Irlanda e Inglaterra, e neste ano começará a vender também para Emirados Árabes Unidos e Cingapura.
Para conquistar clientes nessas novas fronteiras, tradicionalmente abastecidas pela China – que lidera as exportações globais de maçã -, a Rasip aposta na qualidade de suas frutas. “É difícil competir com os chineses, mas nossas maçãs tem coloração, crocância e sabor que eles não têm”, afirmou. A empresa tem como meta elevar a fatia das exportações em suas vendas para 30% nos próximos anos.
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