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Lideranças empresariais, e não o governo, deveriam ser os verdadeiros responsáveis por desenvolver um caminho para a evolução e o futuro no Brasil. Essa é a avaliação feita por Amy Webb, fundadora e CEO do Future Today Institute, em entrevista ao InfoMoney durante passagem pelo Brasil nesta semana.
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A futurista americana é referência global em previsão estratégica – com base em metodologia e dados ela ajuda empresários do mundo todo a tomarem decisões.
Amy Webb foi chamada pela Forbes de “uma das cinco mulheres que está mudando o mundo”, escreveu livros e conduziu uma palestra do TED com 4 milhões de visualizações sobre como decifrou sites de namoro, com base em dados, para encontrar o par ideal dela.
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Pela segunda vez em um grande evento no Brasil em 2024, a futurista, que declara amar o país, esteve nessa quarta-feira (30) no “Dell Technologies Forum” para palestrar sobre inteligência artificial.
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Ao InfoMoney, poucos meses após sua vinda para a “Febraban Tech”, Webb disse que agora é o momento para que diferentes setores e indústria “tomem riscos estratégicos” e “criem uma visão boa e sólida sobre o futuro”.
“O problema é que as maiores empresas do Brasil, com exceção do setor bancário e de tecnologia, são todas do século passado: são indústrias antigas, como mineração e agricultura“, diz a executiva. “Elas são essenciais, mas não fizeram muitos grandes avanços.”
Embora veja o setor de serviços como uma área de disrupção, Amy Webb avalia que o Brasil não deveria deixar de lado vocações como o agronegócio e a mineração.
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Na avaliação de Amy, a agroindústria brasileira “poderia e deveria” liderar em tecnologia. “A inteligência artificial pode transformar a agricultura, torná-la mais previsível e mais fácil. Mas é preciso estar disposto a evoluir e esse é um setor que, na minha opinião, simplesmente não está interessado em evoluir”.
“Vocês [o Brasil], poderiam reinventar a mineração. É uma parte importante da economia, mas devem estar dispostos a tomar riscos e criar um verdadeira visão para a evolução e o futuro”, afirma. “Então, quem é responsável por isso? Na verdade não é o governo, são as pessoas que tocam as empresas.”